Primeira usina fotovoltaica de JF começa a funcionar e deve gerar economia de R$ 1,2 milhão por ano

Com a instalação, a usina fotovoltaica será capaz de descarbonizar o mesmo que 3.322 novas árvores plantadas


Por Elisabetta Mazocoli

04/07/2024 às 12h22- Atualizada 04/07/2024 às 12h31

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Placas instaladas na área do Estádio Municipal (Foto: Leonardo Costa)

A primeira usina fotovoltaica de Juiz de Fora começou a funcionar nesta quinta-feira (4). Com a instalação no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, no Bairro Aeroporto, Zona Oeste de Juiz de Fora, o equipamento será capaz de descarbonizar o mesmo que 3.322 novas árvores plantadas, conforme a Prefeitura (PJF), responsável pelas obras, e ainda tem a expectativa de gerar, de acordo com dados divulgados pela prefeita Margarida Salomão (PT), uma economia de R$ 1,2 milhão por ano para o Município.

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Fotos: Leonardo Costa

A nova usina fotovoltaica instalada irá gerar, por ano, 1420 megawatts, o que, segundo o Executivo, seria o suficiente para iluminar um conjunto habitacional de 700 casas. Neste sentido, a geração de energia vai contribuir para que o Município consiga reduzir as contas na Cemig e gerar descarbonização para a cidade. Além disso, também foi informado que todas as empresas envolvidas na implementação da usina fotovoltaica são de Juiz de Fora. 

“Juiz de Fora está retomando o seu pioneirismo na área de energia, porque somos a cidade que, na América do Sul, primeiro inaugurou uma energia elétrica. Está no nosso DNA investir nas novas energias”, destacou a prefeita, relembrando o histórico da cidade com a Usina de Marmelos. A chefe do Executivo também ressaltou que outra usina fotovoltaica será instalada, em parceria com a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), na área do Centro Integrado de Ensino, Pesquisa, Extensão, Transferência de Tecnologia e Cultura (Cieptec), que fica localizado no Distrito Industrial. Essa obra ainda não tem prazo para ser entregue.

Quando essas duas usinas tiverem a geração de energia somada, ainda de acordo com a prefeita, a expectativa é de que a economia cubra 90% das despesas da PJF com a Cemig. Além disso, a chefe do Executivo anunciou que outras medidas devem ser adotadas. “Quero também anunciar um projeto que nós temos em andamento, e que busca transformar os resíduos sólidos, o lixo não orgânico, em luz e energia. Isso é possível em JF, e vai contribuir enormemente para o desenvolvimento da região”, diz.

Eucaliptos foram replantados no Parque da Lajinha

Para a implementação da usina fotovoltaica no Estádio Municipal, a PJF removeu 300 eucaliptos que ficavam na área em que as placas foram instaladas. Essa retirada, de acordo com as informações divulgadas, foi necessária por a área ser considerada estratégica para a instalação da usina, e foi compensada ao longo das obras. “Com relação aos 300 eucaliptos que foram removidos daqui, que não eram da vegetação nativa, nós fizemos a compensação. A Empav plantou 515 árvores da mata atlântica no Parque da Lajinha, onde temos um bosque”, afirmou Margarida Salomão.

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