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Nova audiência sobre tiroteio entre policiais é marcada para 23 de agosto

Tiroteio-Monte-Sinai

Crime ocorreu na última sexta-feira, quando policiais de São Paulo foram presos após a morte de agente da Polícia Civil de JF (Foto: Fernando Priamo)

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Nova audiência sobre o tiroteio envolvendo policiais de Minas Gerais e de São Paulo, no estacionamento do Centro Médico Monte Sinai, foi marcada para o dia 23 de agosto. Nesta sexta-feira (2), foi realizada a segunda fase da audiência de instrução do caso, na 4ª Vara Criminal. A sessão foi presidida pelo juiz Cristiano Álvares Valladares do Lago e durou cerca de duas horas e meia. Estavam previstos os depoimentos de duas testemunhas e dos quatro réus. Todavia, como informou o advogado de defesa, Fabiano Lopes, apenas uma delas compareceu. Já a segunda não foi encontrada, o que ocasionou a marcação de uma nova data. “Os réus só serão ouvidos depois que todas as testemunhas prestarem as suas declarações”, informou Lopes.

O advogado disse que a pessoa ouvida nesta sexta trata-se do administrador do Aeroporto da Serrinha, que prestou informações sobre o avião que partiu de São Paulo com um empresário, tendo como destino Juiz de Fora. “Ele tratou acerca da lista de passageiros e de algumas movimentações que aconteceram no aeroporto no dia dos fatos. A lista chama muito atenção, porque um deles não veio de São Paulo, o que está deixando uma pulga atrás da orelha dos defensores e até mesmo da acusação”, ressaltou sem entrar em detalhes.

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Segundo advogado, administrador do Aeroporto da Serrinha prestou depoimento nesta sexta

Fabiano Lopes ainda disse que os crimes que estão sendo tratados e que fazem parte da denúncia são de latrocínio e lavagem de dinheiro. “A defesa tem batido muito forte e tem demonstrado em todas as audiências e em todos os cumprimentos de precatórios, que não houve essa res furtiva e, não a havendo, não há crime de latrocínio e não há crime de lavagem de dinheiro. Assim, na verdade, não nos apegamos a provas, mas à falta delas, pois não há provas nos autos que confirmem que os nossos clientes teriam cometido esses dois crimes”, afirmou o advogado, acrescentando que já existe um pedido de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) a favor de seus clientes. “Inclusive já está com parecer positivo da procuradoria. A defesa está confiante que esse habeas corpus no STJ irá dar certo”, disse.

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Compareceram à audiência os réus Rafael Ramos dos Santos, 30, que é escrivão, e os investigadores Leonardo Soares Siqueira, 43, além de Marcelo Matolla de Resende, 46, lotados na 1ª Delegacia Regional de Juiz de Fora. Eles irão retornar para a Casa de Custódia da Polícia Civil, em Belo Horizonte, onde estão detidos desde o dia 12 de novembro. O quarto réu é Antônio Vilela, suposto estelionatário ferido com um tiro no pé e preso em flagrante no dia do crime, que está no Ceresp de Juiz de Fora.

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O caso

O processo envolve as mortes do policial juiz-forano Rodrigo Francisco, 39 anos, o Chicão, assassinado com cerca de 20 tiros no local, e do proprietário de empresa de segurança particular paulista, Jerônimo da Silva Leal Júnior, 42, que foi baleado várias vezes no abdômen e faleceu posteriormente no hospital. O tiroteio ocorreu no dia 19 de outubro do ano passado. A troca de tiros entre policiais civis de dois estados ganhou repercussão nacional por também envolver malas apreendidas com cerca de R$ 14 milhões, a maioria delas em notas falsas.

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