Morte de animais deve ser informada a autoridades


Por Marcos Araújo

02/04/2017 às 07h00

mico-fernando
As pessoas precisam entender que o macaco não é transmissor da febre amarela, que é transmitida pelos mosquitos, adverte o veterinário Érico Furtado (Foto: Fernando Priamo)

A febre amarela é uma doença natural do meio silvestre e sem a presença dos macacos, que alertam sobre a proximidade da doença, fica mais fácil a entrada do vírus no meio urbano, que é transmito pelo Aedes aegypti, instalando a febre urbana. “A população deve se vacinar e ficar imunizada, lembrando que a vacina faz efeito depois de dez dias, quando a pessoa pode começar a circular em ambiente silvestre. Nesta época de surto, todo macaco encontrado doente deve ser alertado às autoridades”, avisa Érico Furtado. Segundo ele, o macaco doente é aquele que fica para trás quando o bando faz um deslocamento, sem apetite, com quadro de diarreia e prostrado. “Ele é um bicho alerta e esperto e não fica imóvel perto de pessoas. Se ele estiver sem ação, sem aceitar comida, isso deve ser comunicado à Polícia Militar de Meio Ambiente, que recolhe o animal e traz para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas). Agora, se um macaco for encontrado morto, deve-se informar ao Setor de Controle de Zoonose da Prefeitura, às autoridades sanitárias, na UPA ou no posto de saúde mais perto, para que a Secretaria de Saúde o recolha e encaminhe material para exames”, esclarece o veterinário. Ele lembra que o macaco encontrado no Bairro São Pedro, na Cidade Alta, que foi o primeiro a ser diagnosticado como positivo em Juiz de Fora, foi encaminhado para o Cetas. “Uma cidadã chamou um PM, que o recolheu e trouxe para mim. Ele estava debilitado, fraco, com sintomas que sugeriam a febre, e acabou indo a óbito durante o atendimento. Coletei o material, comuniquei as secretarias de Saúde do município, que mandou o material para a Secretaria de Estado de Saúde, para a realização dos exames. Em Juiz de Fora, há um controle, e é preciso que outros médicos veterinários estejam atentos em outras cidades e não negligenciem a situação, para que haja prevenção da febre nos centros urbanos”, apela o profissional.

>> Macacos também são vítimas 

 

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.