Censo 2022: mais de 187 mil domicílios serão visitados em Juiz de Fora a partir de hoje

400 recenseadores vão às ruas para pesquisa que foi feita pela última vez em 2010


Por Tribuna

01/08/2022 às 10h52- Atualizada 01/08/2022 às 18h56

Teve início nesta segunda-feira (1º de agosto) a pesquisa domiciliar para o Censo 2022. Em Juiz de Fora, a estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é de que 577.532 pessoas sejam entrevistadas, em 187.190 domicílios. A cidade foi dividida em quatro zonas: 1ª Centro e Zona Sul; 2ª Zona Leste; 3ª Zona Norte e Cidade Alta; e 4ª, que compreende os setores rurais e demais distritos da região.

Para realizar o levantamento, foram selecionados 520 recenseadores, que passaram por treinamento do IBGE a fim de melhor atender os requisitos da pesquisa. No entanto, nesta segunda, apenas 400 recenseadores foram para as ruas, por conta do alto número de desistências.

A responsável pelo Censo 2022 em Juiz de Fora, Ana Cândida de Paiva, explica que muitos dos candidatos selecionados no processo seletivo desistiram de última hora. Para suprir o déficit, 120 pessoas serão convocadas da lista de espera. “Para não atrasar o processo, preferimos colocar esses 400 recenseadores na rua enquanto os demais candidatos realizam o treinamento.”

Ana ainda explica que a pesquisa será feita entre 8h e 21h, de segunda a domingo, incluindo feriados. Esta é uma estratégia para conseguir entrevistar todas as pessoas previstas, inclusive aquelas que passam pouco tempo em casa. “Os recenseadores são orientados a ir, no mínimo, três vezes na casa da pessoa, em três turnos diferentes: manhã, noite ou fim de semana e feriados.”

Caso não encontrem o morador, os agentes deixam uma folha de recado com seus dados para que a pesquisa possa ser agendada. “É muito importante que as pessoas se mobilizem também nessa busca ativa pelos recenseadores, afinal estamos há 12 anos sem a pesquisa, e quanto mais abrangente, melhor será o levantamento dos dados.”

Para quem mora em condomínios, Ana afirma que um contato prévio já foi feito com grande parte dos síndicos da cidade. “Em condomínios maiores, nós até vamos colocar um cartaz com o recenseador responsável por entrevistar os moradores daquele local.” A recomendação para os moradores é que a identidade do agente seja verificada. “Todos os recenseadores do IBGE estarão identificados com boné e colete, além do crachá de identificação. Dentro do crachá há um QR Code, e o cidadão pode apontar a câmera do celular para esse código, para confirmar o nome e a foto do recenseador e verificar se ele é, de fato, servidor do instituto.”

Questionário básico e de amostra

Durante a coleta nos domicílios serão utilizados dois tipos de questionário: o básico e o de amostra. Em Juiz de Fora serão 95% de questionários básicos e 5% de amostra. O questionário básico conta com 26 questões e investiga as principais características do domicílio e dos moradores. Já o de amostra conta com 77 questões mais detalhadas, sobre temas específicos: características dos domicílios, identificação étnico-racial, nupcialidade, núcleo familiar, fecundidade, religião ou culto, deficiência, migração interna ou internacional, educação, deslocamento para estudo, trabalho e rendimento, deslocamento para trabalho, mortalidade e autismo.

Em 2020, o levantamento foi adiado por causa da pandemia de Covid-19 e, em 2021, sofreu novo adiamento por falta de orçamento. A pesquisa nacional é realizada a cada 10 anos. Em 2022, a estimativa é de que os recenseadores entrevistem mais de 214,8 milhões de pessoas. Segundo o IBGE, os primeiros resultados do Censo 2022 estão previstos para serem divulgados ainda no final deste ano. Outras análises e cruzamentos de dados serão divulgados ao longo de 2023 e 2024.

Prefeita dá largada ao preenchimento do formulário do Censo de 2022

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Prefeita Margarida Salomão foi a primeira entrevistada em Juiz de Fora (Foto: Divulgação/PJF)

A Prefeita Margarida Salomão (PT), durante coletiva à imprensa nesta segunda-feira (1º), disse que acredita que o IBGE vai colaborar para um conhecimento mais minucioso da cidade. “Nós hoje temos uma defasagem muito grande em dados da saúde, por exemplo. Estamos em um processo de vacinação e temos trabalhado com estimativas feitas de forma muito caprichada, mas sem dúvida nada disso substitui o censo”.

Na ocasião, a prefeita apresentou o seu questionário do censo de 2022 preenchido, sendo ela a primeira entrevistada da cidade. A partir desse ato, Margarida oficializou o início do censo no município.

Na coletiva, a coordenadora do censo em Juiz de Fora, Ana Cândido, ressaltou que qualquer pessoa do domicílio pode responder a pesquisa. “Assim, pessoas com possui alguma limitação, como quem é surdo e mudo, e não mora sozinho pode contar com o auxílio de um integrante do núcleo familiar. Agora, se essa pessoa morar sozinha, a gente tem a opção dela responder pela internet ou, se precisar, contratamos um intérprete para nos ajudar nessa tarefa”.

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