Janeiro termina com 13 mortes violentas em Juiz de Fora


Por Guilherme Arêas

01/02/2017 às 19h15- Atualizada 01/02/2017 às 19h21

O mês de janeiro terminou com 13 mortes violentas em Juiz de Fora, de acordo com levantamento da Polícia Civil. O número de homicídios se mantém no mesmo patamar de igual período do ano passado, quando foram 12 casos, pelo levantamento da Tribuna. Já a Polícia Civil contabilizou dez mortes no primeiro mês de 2016. Com relação às tentativas de assassinato, houve queda. Quatorze pessoas foram vítimas deste tipo de crime no mês passado, enquanto, em janeiro de 2016, 23 pessoas tiveram suas vidas colocadas em risco.

Para o titular da Delegacia Especializada de Homicídios, Rodrigo Rolli, algumas mortes ocorridas destoam da maioria dos casos já que não tiveram como pano de fundo a briga entre gangues rivais e o tráfico de drogas. “São crimes passionais e momentâneos”, afirmou Rolli, referindo-se às mortes de Carlos Alexandre Gomes Matheus, suspeito de matar a mãe, Maria Antônia Gomes Matheus. Ele foi morto por policiais militares após atacá-los com uma cavadeira, no último dia 14. Outro fato que foge deste perfil é o assassinato de Arthur Rodrigo de Souza Monteiro Castro, 16, morto a golpes de faca pelo próprio irmão, 26. O crime aconteceu no Bairro Igrejinha, Zona Norte, no dia 15, após discussão entre eles.

Outro fato que chamou atenção das autoridades policiais foi a morte do motorista de 50 anos, alvejado com tiro após ser surpreendido por um bloqueio montado por assaltantes na BR-040, na altura do km 779, em Juiz de Fora. O homicídio aconteceu próximo à área de ocupação conhecida como Afeganistão e à Vila Esperança I, onde a vítima conduzia uma picape Saveiro, quando foi surpreendida por troncos e galhos de árvore na pista. Assim como o brutal assassinato de Lady Dayane da Silva Otaviano, 1 ano e 10 meses. O suspeito, que era guardião da criança, está no Ceresp. Lady Dayane morreu em decorrência de hemorragia aguda grave causada por politraumatismo, possivelmente em decorrência de espancamento.

Do total de crimes, 12 já estão apurados pela Especializada com autoria e motivação. O único que segue em investigação é o assassinato de Gladstone Gontijo de Faria Filho, 30 anos. Ele foi morto a tiros na Vila Montanhesa, na Zona Nordeste, surpreendido por criminosos quando chegava em casa. “Falta apenas o laudo pericial para sabermos se é sangue humano e se se trata do sangue da vítima”, acrescentou o delegado. O policial ainda destaca a diminuição de quase 50% das tentativas de homicídio em 2017. “Foram nove registros a menos. Nós atribuímos isso à forma de atuação da Polícia Civil quem tem investigado com celeridade a fim de dar respostas à população”, acrescentando que “a Polícia Militar e o Poder Judiciário também têm desempenhado importante papel no auxílio à prisão destes criminosos”.

 

Disque Denúncia

Conforme dados da Polícia Civil, houve queda de, aproximadamente, 40% nas denúncias feitas pelo Disque Denúncia Unificado (DDU), serviço da Secretaria de Estado de Defesa Social disponibilizado aos cidadãos, em conjunto com as polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros e Instituto Minas Pela Paz. O Disque Denúncia consiste em uma central única de recepção, processamento e resposta de denúncias de crimes, que funciona através do 181, mantendo o anonimato do denunciante. O titular da Especializada de Homicídios, Rodrigo Rolli, ressalta que a ferramenta tem como principal benefício elucidar as ocorrências, além de prevenir delitos. “A população é protagonista e, por meio de algumas informações, bandidos podem ser retirados de circulação. O número do telefone, seja fixo ou celular, não é identificado. Inclusive a pessoa vai receber um protocolo para acompanhar a apuração destes delitos”, concluiu o delegado.

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