Saiba como escolher entre macho e fêmea

Entenda como esse tipo de escolha pode influenciar nos cuidados com o animal de estimação


Por Redação EdiCase

24/12/2022 às 10h03

Especial Pet
Cães machos tendem a urinar pela casa para marcar território (Foto: Pixabay)

Cada cachorro possui características e personalidade diferentes, seja ele macho ou fêmea. Mas, na hora de adotar um pet, ter informações sobre as particularidades de um cão ou de uma cadela é importante para assegurar cuidados básicos com o animal.

“O que sabemos é que o macho, para apartamento, tende a ser mais trabalhoso, pois no processo de marcar território acaba urinando em várias partes da casa. Contudo, isso é algo que com a castração desaparece”, explica o Luiz Fernando Lucas Ferreira, médico veterinário e sócio-proprietário da Clínica Professor Israel, em Belo Horizonte. “As fêmeas, em contrapartida, têm a questão do cio, do sangramento, da falsa gravidez e da gravidez indesejada, questões estas também eliminadas pela castração da fêmea”, acrescenta o profissional.

Como impedir que o cão marque território

Marcar território é uma forte característica dos cachorros machos. Eles instintivamente usam o cheiro da urina para mostrar que estiveram em determinado local antes de outros cães. Com isso, mostram que aquele lugar é o espaço dele.
Como já explicado por Luiz Fernando Lucas Ferreira, a castração acaba com a necessidade de o cãozinho demarcar território. Além disso, também é possível ensiná-lo a urinar apenas em um espaço. “Você conseguirá resultado mais eficaz se fizer esse condicionamento o mais cedo possível, já aos 5-6 meses de idade do cão. Em apartamentos, os donos costumam colocar um local com jornal e treinar o animal a fazer necessidades apenas naquele lugar”, aconselha Aline Brasil, médica veterinária.

Cuidados com as fêmeas no cio

Quando entram no período do cio, as cadelas têm sangramentos. “Esse sangramento se dá no início do cio, devido às elevadas concentrações de estrógeno. Algumas cadelas são mais discretas no sangramento, pois estão constantemente se lambendo e o fluxo é menor; em outras o fluxo é intenso”, explica Aline Brasil.

Atualmente existem diversas opções de calcinhas e absorventes decorados para pets, com o objetivo evitar a sujeira provocada pelo sangramento. Entretanto, para Luiz Fernando Lucas Ferreira, é mais aconselhável a castração do pet.

Companheirismo

O companheirismo e a educação independem do animal ser macho ou fêmea. Na verdade, isso está mais relacionado com a forma como ele interage com a família. Os cães, em geral, já são bons companheiros. Ou seja, essas questões acabam não interferindo na escolha entre macho e fêmea. Depende mais do gosto e preferência do futuro tutor.

Benefícios da castração

Castrar o animal, seja ele macho ou fêmea, também é importante para ajudar a prevenir problemas de saúde. Nas fêmas, conforme explica Aline Brasil, além de evitar o cio e ninhadas indesejadas, a castração também é importante para “evitar acasalamentos indesejáveis (quando você tem animais de sexos opostos em um mesmo local), evitar pseudociese (gravidez psicológica) e, com certeza, diminuir o risco de aparecimento de tumores de mama e piometra”, lista.

Segundo a especialista, as cadelas estão predispostas ao aparecimento dessas doenças do trato reprodutor por causa da característica do seu ciclo estral (cio): seu organismo fica um longo tempo sob o domínio do hormônio progesterona.
“Com ou sem gestação, esse longo tempo sob o efeito da progesterona acontece e isso predispõe ao aparecimento dessas doenças. Por isso, aconselhamos que, se você não quer que a sua cadela tenha filhotes, castre o mais cedo possível (antes de 1 ano). Castrar com mais de 5 anos, por exemplo, não irá fazer a menor diferença no aparecimento das doenças, porque ela já foi submetida ao efeito da progesterona por longo tempo”, esclarece.

Machos

Para os machos, a prevenção de doenças também acontece, mas não é tão determinante quanto no caso das fêmeas. “No macho, além da castração acabar com a marcação de território, promove a prevenção de câncer de próstata e de tumores perianais”, esclarece Luiz Fernando Lucas Ferreira. De acordo com Aline Brasil, essas doenças ocorrem em cães mais velhos.

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.