Explosão de celular liga alerta sobre uso correto da bateria

Doutor em engenharia elétrica explica que fenômeno é raro e que aparelhos originais diminuem riscos


Por Letícia Lapa, estagiária sob supervisão de Fabíola Costa

21/08/2022 às 07h00

CELULAR explode Arquivo pessoal
Celular que explodiu no Ceará por pouco não feriu uma criança (Foto: Arquivo pessoal)

Uma família de Quiterianópolis, no interior do Ceará, passou por um susto com a explosão de um celular na última terça-feira (16). Uma criança estava assistindo a vídeos, enquanto o celular carregava, no momento em que o aparelho começou a soltar fumaça. A professora Maria Eugênia retirou imediatamente o aparelho da mão do filho de 6 anos, evitando possíveis ferimentos. Após o celular ter sido retirado da criança, que possui autismo, o aparelho começou a inchar e explodiu. O pai chutou o celular para longe e jogou água até a fumaça parar.

O episódio nos lembra que muitas pessoas se preocupam com os riscos de se utilizar um celular enquanto ele está carregando. O doutor em engenharia elétrica pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), com ênfase em sistemas eletrônicos, Pedro Santos Almeida tranquiliza a população, dizendo que a explosão é extremamente rara de acontecer. “Na prática, este tipo de falha só ocorre no caso de baterias extremamente degradadas por mau uso, calor excessivo, fim de vida, recarga incorreta ou em casos de curto-circuito ou perfuração da bateria.”

Para evitar que as baterias sofram danos e causem algum tipo de problema, o doutor indica mantê-las longe do calor excessivo e tomar cuidado com potenciais danos físicos – como quedas e perfurações – e substituí-las quando chegarem ao seu fim de vida. Ele explica ainda que um sinal de que sua bateria está danificada ou precisando ser trocada é quando estão inchadas, indicando que o problema é grave.

Uma dúvida comum entre usuários é se o fato de o celular estar carregando aumenta as chances de explosão, como aconteceu no caso da criança no Ceará. Pedro explica que carregadores originais – com o selo de homologação da Anatel – são seguros, mas que ainda assim tanto a recarga, quanto o próprio uso do celular, são processos que “sobrecarregam” e aquecem a bateria.

Dessa forma, além das outras indicações, utilizar um carregador original diminui drasticamente o risco de falhas do aparelho quando comparado com o falsificado. Ele ainda comenta que o uso enquanto está carregando pode aquecer uma bateria já defeituosa, danificada ou degradada para além de um limite seguro de uso – causando a explosão.

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