Fim da guerra em Gaza: Hamas anuncia acordo e gabinete israelense deve aprovar cessar-fogo

Entendimento prevê retirada das tropas, troca de prisioneiros e entrada de ajuda humanitária


Por Tribuna

09/10/2025 às 17h36- Atualizada 09/10/2025 às 17h40

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Guerra deixou mais de 60 mil mortos na Palestina (Foto: RS/Fotos Públicas)

O conflito na Faixa de Gaza caminha para o fim após o Hamas anunciar, nesta quinta-feira (9), a conclusão de um acordo que prevê o encerramento da guerra com Israel. Segundo o chefe da delegação negociadora do grupo, Khalil al-Hayya, o entendimento foi alcançado com “garantias dos mediadores e do Governo americano, todos confirmando que a guerra terminou completamente”.

O dirigente afirmou que o acordo inclui a implementação de um cessar-fogo permanente, a retirada das forças israelenses, a entrada de ajuda humanitária e a reabertura da passagem de Rafah nos dois sentidos. Também está prevista a troca de prisioneiros, com a libertação de 250 palestinos condenados à prisão perpétua e de 1.700 detidos após 7 de outubro, além da soltura de todas as mulheres e crianças sob custódia israelense.

Al-Hayya declarou ainda que o Hamas seguirá atuando com forças nacionais e islâmicas para “completar as etapas restantes, garantir os interesses do povo palestino e conquistar seus direitos até o estabelecimento de um Estado independente, com Jerusalém como capital”.

Em Israel, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu planeja convocar o Gabinete de Segurança e, posteriormente, o Gabinete completo para aprovar o acordo de cessar-fogo mediado com apoio dos Estados Unidos. Fontes árabes e um oficial do Hamas, sob anonimato, informaram que o texto final ainda não foi divulgado, mas que a decisão deve incluir um recuo parcial das forças israelenses em Gaza, especialmente nas áreas mais povoadas.

O Hamas também se comprometeu a libertar 20 reféns vivos nos próximos dias — provavelmente na segunda-feira (13) — e a entregar os restos mortais de cerca de 28 reféns. Em contrapartida, Israel libertará centenas de prisioneiros palestinos.

Com o início do cessar-fogo, centenas de caminhões de ajuda humanitária deverão entrar em Gaza, com aumento gradual da quantidade ao longo das próximas semanas. As negociações sobre as próximas etapas do processo serão retomadas após a implementação inicial do acordo.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que visitará a Faixa de Gaza no domingo, em um gesto simbólico de apoio à consolidação do cessar-fogo e ao início do processo de reconstrução do território.

*Texto com informações da Estadão Conteúdo, reescrito com o auxílio do Chat GPT, e revisado por nossa equipe

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