Seis em cada dez restaurantes ainda não recuperaram vendas

Pesquisa aponta que setor de alimentação em todo o país ainda não conseguiu recuperar níveis de faturamento de antes da pandemia


Por Agência Estado

03/10/2021 às 07h00

Pesquisa realizada com empresas de serviços de alimentação – como restaurantes, bares e lanchonetes – em todo país mostra que a maior parte do setor ainda não conseguiu recuperar níveis de faturamento de antes da pandemia, enquanto quase metade dos estabelecimentos endividados precisará de pelo menos dois anos para acertar as contas.

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Associação nacional de restaurantes aponta que quase metade dos negócios precisará de, pelo menos, dois anos para acertar as contas (Foto: Pixabay)

Apesar do relaxamento das restrições tanto de horário quanto de público atendido nos restaurantes, 62% das empresas ainda não conseguem repetir as vendas de 2019, quando os negócios não eram afetados pela crise sanitária.

Além disso, 55% dos restaurantes, bares, cafés e lanchonetes se declaram endividados, sendo que, deste grupo, 57% estão com impostos em atraso e praticamente a metade (48%) avalia que vai levar mais de dois anos para pagar os débitos. A solução vista por 63% das empresas de foodservice com dívidas atrasadas é aderir a programas de refinanciamento de dívidas tributárias.

Apresentada como a mais abrangente no setor desde o início da pandemia, a pesquisa foi realizada pela Associação Nacional de Restaurantes (ANR) em parceria com a consultoria Galunion, especializada em serviços de alimentação, e com o Instituto Foodservice Brasil (IFB). No total, 800 empresas de diferentes perfis, de grandes redes de fast food a pequenos restaurantes, participaram do levantamento entre os dias 12 de agosto e 8 de setembro. Essas empresas operam 22,9 mil estabelecimentos localizados em ruas (a maioria), shoppings e centros comerciais.

Entre outras descobertas, a pesquisa revela ainda que a participação dos serviços de entrega (delivery) no faturamento dos restaurantes subiu de 24% para 39% desde o início da pandemia. Questionados se manteriam o delivery após os restaurantes voltarem a abrir as portas, 85% dos empresários responderam que sim, enquanto uma minoria (15%) diz preferir continuar apenas com as operações presenciais.

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