Conheça o Pappadog, para além do cachorro-quente
Conhecido pelas apresentações e combinações diferentes, o estabelecimento inseriu no cardápio opções típicas de boteco, como o bolinho de arroz
Quando se tem a proposta de colocar no nome de um estabelecimento o “artesanal”, isso deve ser levado a sério. Quando o cliente procura saber como são feitos os processos do que é vendido na casa, ele espera, na maioria das vezes, ouvir um “Nós fazemos tudo”. Talvez por uma sensação de que existe, ali, uma preocupação com o que se consome, mas, também, porque, no fim das contas, isso dá um sabor a mais no prato.
Há sete anos, Gabriel Luz e seu sócio, na época, no “boom” do artesanal, decidiram apresentar aos juiz-foranos uma possibilidade a mais. O tão corriqueiro cachorro-quente, aquele que habita as esquinas das cidades e as festas, principalmente, virou carro-chefe de uma maneira bem diferente. Em vez de simplesmente o pão, a salsicha, os acompanhamentos e os milhões de molhos, eles decidiram, no Pappadog, proporcionar diferentes experiências, com combinações até já conhecidas, ao mordê-lo.
Lá no começo, eles ousaram mesmo. E, aos poucos, foram vendo que a chave de tudo é a surpresa. Imagina pedir um cachorro-quente e chegar um pão com camarões transbordando para fora. A curiosidade grita. E deu certo. Os cachorros-quentes ganharam cara nova e sabor novo – tudo bem autoral. Ah! E é tudo artesanal mesmo: a receita da salsicha e do pão é deles, bem como da pimenta e até da cerveja.
Gabriel até admite: “A chave de tudo está no design do cachorro-quente”. E Paulo Fellet, o chef que assumiu o Pappadog há dois anos, concorda: “O treino maior é a montagem, porque os ingredientes são fáceis. É só prepará-los e ir montando”. E isso fica até de convite para experimentar em casa: pensar naqueles ingredientes que combinam e montar um cachorro-quente à Pappadog.
É por isso que a receita de um dos cachorros-quentes servidos por eles, aqui, não faria tanto sentido. Mas, aí, surge uma novidade: há um tempo o Pappadog tem investido na comida de bar mesmo, naquelas porções para comer em conjunto. Nelas e nos drinks autorais, sem deixar de lado, claro, o carro-chefe. Uma dessas novidades é o bolinho de arroz: receita de família do Paulo, que ficou como herança. “Eu vivia essas receitas e lembro sempre que minha avó fazia quando sobrava o arroz. Aqui, claro, eu tenho que imitar esse arroz dormido”, conta. Na sua casa, é só fazer como a avó dele: aproveitar o que sobrou, nada de lixo.
Bolinho de arroz
Ingredientes
400g de arroz cozido
2 ovos
200g de parmesão ralado
100g de farinha de rosca
4 colheres de sopa de salsa picada
150g de queijo canastra
Sal
Modo de preparo
Processe o arroz para quebrar um pouco. Misture todos os ingredientes e amasse bem com as mãos. Faça bolinhos de 60g e recheie com 15g de queijo canastra. Frite em óleo bem quente.