Atendimento do AVC Agudo: cada minuto conta
PUBLIEDITORIAL
O dia 29 de outubro marca o dia mundial de alerta para prevenção da doença que é a principal causa de mortalidade no mundo, o Acidente Vascular Cerebral (AVC). No Brasil, são mais de 100 mil vítimas fatais todos os anos e o volume de sequelas também é alarmante. Estima-se que mais de 50 milhões de pessoas, no mundo, vivem com alguma incapacidade em consequência do AVC. De 27 de outubro a 4 de novembro, a Rede Brasil AVC faz campanhas de prevenção em todo o país e, em Juiz de Fora, o Hospital Monte Sinai realizará uma abordagem das pessoas que passam pelo Complexo Hospitalar, nesta segunda-feira, 29, nos lobbies do Centro Médico Monte Sinai. Clientes das clínicas, além de funcionários dos prédios e do hospital receberão informativos sobre o AVC e poderão realizar a aferição dos riscos cardiovasculares – pressão arterial, glicemia e circunferência abdominal -, com apoio dos Amigos do Coração do Serviço de Hemodinâmica do Hospital.

O neurologista Bruno Barbosa, que coordena a ação e também é responsável pela Unidade de AVC do Monte Sinai, explica que o Acidente Vascular Cerebral, popularmente conhecido como derrame, acontece quando o fluxo de sangue para determinada parte do cérebro é interrompido subitamente, o que provoca a morte das células e impactos no corpo de acordo com a área do cérebro afetada. “Agir rápido no socorro da pessoa com estes sintomas é a única chance de evitar a morte e reduzir sequelas. Tempo perdido é cérebro perdido”, alerta o médico.
Serviço estruturado e protocolo correto
A Unidade de AVC do Monte Sinai foi criada há um ano e centraliza todo o trabalho de uma grande equipe que adaptou a estrutura e a linha assistencial de cuidados para atender ao Protocolo de Atendimento do AVC Agudo. Uma série de ações que são disparadas, com apoio de um aplicativo chamado Join, que alerta todas as pessoas envolvidas na cadeia de cuidados necessária para garantir a confirmação correta e o atendimento rápido do AVC, a partir da entrada do paciente na Emergência do hospital. Os ajustes do Protocolo demandou muito treinamento, adaptações, como a estruturação da Unidade de AVC e de apoio diagnóstico, visando garantir o fluxo adequado dos passos necessários para que o paciente seja atendido com agilidade. O resultado do trabalho acaba de ter seu reconhecimento: o Hospital Monte Sinai agora faz parte do Projeto Angels.
O projeto faz parte de uma iniciativa mundial que visa aumentar o número de hospitais preparados para o AVC e otimizar a qualidade de todos os centros de AVC, trabalhando para melhorar a qualidade do tratamento para todos os doentes com AVC. O Certificado é a etapa final do treinamento, com a conferências do atendimento aos requisitos propostos, e é concedido com apoio da Boehringer Ingelheim, indústria farmacêutica. O objetivo o Projeto é capacitar 1500 hospitais no mundo até maio de 2019. Por dia, nos centros capacitados pelo Angels, são atendidas mais de 1200 pessoas, já foram 450 mil por ano e mais de 1,3 milhões nos três anos desde o início da iniciativa.
Tempo é vida
Outra rede da qual o Monte Sinai faz parte é a Rede AVC Brasil, responsável pela campanha do Dia Mundial do AVC no país e que também compõe a World Stroke Organization, a organização mundial que luta pela informação e tratamento da doença. Um aplicativo desenvolvido com a finalidade de ser fonte rápida de consulta ao cidadão sobre o AVC é a novidade da Rede no país. Gratuito e fácil de instalar, ele reúne as informações de sintomas e disponibiliza o acesso a pessoa e a instituição de saúde que devem ser acionadas em caso de confirmação de sinais da doença no próprio celular. O aplicativo ainda traz dicas de prevenção e mensagens lembrando os cuidados com a saúde para evitar a doença, como a aferição regular da pressão arterial, a prática regular de exercícios físicos e alimentação saudável.
O AVC pode acontecer em qualquer idade. Aprenda a reconhecer os sinais do AVC em crianças:
- Dor de cabeça, súbita e intensa, principalmente associada a vômito e sonolência
- Fraqueza ou dormência em um dos lados do corpo
- Dificuldade na fala e de compreensão
- Perda de visão ou visão dupla
- Tontura intensa ou perda da coordenação
- Novas convulsões, geralmente em um lado do corpo