UTI Neonatal do Monte Sinai coleciona histórias de sucesso de pequenos e grandes heróis

PUBLIEDITORIAL


Por Assessoria Monte Sinai

27/07/2018 às 13h00

A UTI Neonatal e Pediátrica, em geral, é o setor mais humanizado de um hospital e no comando desta equipe está o pediatra neonatologista. Por isso, o Monte Sinai direciona a homenagem pelo Dia do Pediatra, em 27 de julho, em extensão a todos os profissionais desta especialidade. Nos seus 24 anos de história, a UTI Neonatal e Pediátrica do hospital coleciona histórias tão fantásticas de recuperação, que tem uma área do seu site dedicada a elas. E também gravou um filme com as chamadas “mães de UTI” para que elas mesmas contassem como alguns bebês nascidos com apenas 25 semanas, outros com pouco mais de 500 gramas, se tornaram os “pequenos heróis”, encantando a equipe e recebem dela muito mais que cuidados intensivos.

A história contada, mais recentemente, foi a do Thomas, que nasceu com apenas 690 gramas, na 26ª semana de gestação, um prematuro extremo – como é considerado um bebê nascido entre 24 e 30 semanas de idade gestacional. Sua recuperação chamou a atenção do obstetra Alexandre Ronzani que elogiou o trabalho desenvolvido em quase 100 dias de recuperação do bebê na UTI. O médico passou a integrar uma nova comissão de cuidados no Monte Sinai, o “Grupo de Assistência ao Parto de Risco”, formado por obstetras, pediatras e equipe da Neo, que acompanham casos de forma integrada visando orientar pais “candidatos” a viver um período de internação do seu bebê na unidade de terapia intensiva, esclarecendo sobre riscos, medicações e como será a assistência a partir do parto, provavelmente, prematuro.

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A alta de Thomas, divulgada e elogiada pelo obstetra Alexandre Ronzani

Juras de gratidão eterna

Thomas, por exemplo, foi o segundo bebê prematuro extremo de Rosária Moura Theodoro, de Cataguases/MG, que viveu este período muito difícil, percebendo a diferença que uma equipe muito bem preparada faz na vida de uma “mãe de UTI”. A experiência (que ela narra em  http://www.hospitalmontesinai.com.br/noticias/pequenos-herois) é tão peculiar que depoimentos de gratidão eterna marcam a vida de quem recebe seu bebê bem, depois de um sofrimento contado, às vezes, em horas, em gramas que o bebê ganha a cada dia. Os agradecimentos são para toda a equipe, para a Enfermagem, equipe multidisciplinar e médicos. Alguns destes pais, de Juiz de Fora e da região, contam suas experiências no filme realizado em homenagem ao trabalho com a prematuridade no Monte Sinai. Assista a este documentário:

O direito de nascer e sobreviver

Manuella, a “Manu” é um destes casos e virou o símbolo da UTI Neo do Monte Sinai, pois a mãe, Fernanda Fernandes, que tirou uma foto com o pezinho da filha calçado num chaveirinho de chinelos Havaianas de pouco mais de 5 cm, virou o ícone do setor. A rotina que a mãe viveu na Unidade fez com que ela considerasse a equipe parte de sua família e a mãe ajudou a integrar elementos de “normalidade” num ambiente absolutamente asséptico, como grandes laços de cabelo, estampas de oncinha ou a experiência de colocar o bebê numa rede especial dentro da incubadora. Foram 100 dias vividos sob risco extremo de sobrevida, onde a esperança é sempre a palavra de ordem. Hoje, Manu é um “foguetinho” de cinco anos sem qualquer sequela decorrente do parto tão prematuro.

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Manu na alta, na foto que virou símbolo da UTI e hoje, feliz  e saudável

Laura foi outro caso incrível da UTI do Monte Sinai. Um bebê com menos de um quilo que passou por uma cirurgia torácica e sobreviveu. Ela foi submetida a um procedimento inédito para uma criança tão pequena. E tivemos também como paciente a Yasmim que passou um ano internada até poder ser transferida para um hospital especializado num tipo raro de obstrução intestinal. Ela ganhou um álbum no estilo “newborn” produzido por outra mãe de UTI, a pedido da equipe da Neo. A bebê ganhou das médicas e enfermeiras, além da sessão fotográfica, sua festa de um aninho. Todas estas vitórias são contadas pelas mães no filme.

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Yasmin, posando para a foto, Laura em mais uma comemoração de alta e os “cangurus”

Cuidado com a família

Na UTI Neonatal, a equipe multidisciplinar, que hoje é um requisito das unidades intensivas, é muito especializada. A seleção dos técnicos de Enfermagem e de enfermeiros exige requisitos específicos, pois o trabalho é dedicado e realizado em plantões. Chama atenção a alta qualificação dos profissionais, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas, psicólogos e médicos, que mesmo contando com suporte de recursos tecnológicos, drogas especiais e técnicas que visam garantir cada minuto de sobrevida de um paciente muito delicado, têm que aprender a lidar com um tipo de acompanhante, também muito especial. A visita à unidade é liberada, os pais podem acompanhar cada etapa do cuidado e além das dúvidas, passam por um nível de vínculo que os leva a participar do tratamento. Técnicas terapêuticas como o “método mãe Canguru” já conquistaram até os papais, podendo até ser realizada em conjunto. Foi o caso dos gêmeos de Alex e Nathalia Carvalho, de Além Paraíba/MG, que iam para o Hospital diariamente e se revezavam  para cuidar dos seus meninos, cada hora com um no colo (veja também no site).

Sucessos emblemáticos

Os casos pediátricos da UTI também estão narrados no site do hospital e marcaram muitas pessoas no Monte Sinai, extrapolando a equipe da Neo, por, em geral, envolverem outros especialistas. Caso do neurocirurgião Luiz Fernando Abad que acompanhou a recuperação do menino Arthur, de quatro anos, que se recuperou de um trauma craniano grave, após cair de uma altura de sete metros. A cardiopediatra Sara Guedes lembra sempre emocionada da recuperação do pequeno morador de Cataguases/MG, T.S.R. de oito anos, submetido a cirurgia por causa de uma cardiopatia e que levou a equipe a mantê-lo quatro dias com “peito aberto” e o coração funcionando através de um dispositivo mecânico. Um ECMO (sigla em inglês para Oxigenador de Membrana Extracorpórea) que é conectado ao corpo do paciente em falência cardíaca para auxiliar nas funções do coração e do pulmão, oxigenando e bombeando o sangue.

Sem contar a história fantástica da Maria Luiza, a “queridíssima Malu”, que nasceu prematura extrema, com uma síndrome rara e que, contrariando todas as previsões de uma sobrevida máxima de cinco anos, completou dez anos de idas e vindas da UTI Neonatal, contando seu primeiro passeio em ambiente externo e inaugurando a série “pequenos heróis do Monte Sinai”.

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Arthur, outro “foguetinho herói”, a Malu em seu primeiro passeio fora de ambiente de UTI e um dos casos mais complicados de cirurgia cardiopediátrica da história da Neo

Equipe em sinergia perfeita

Para manter o objetivo constante na busca pela excelência, a unidade funciona sempre com neonatologista à disposição e equipe de Enfermagem completa se revezando nos plantões, gerenciados por dois coordenadores médicos, Vitor Alvim e Isaac Arana, além da coordenadora de Enfermagem, Samara Rodrigues. Toda a responsabilidade de perseguir metas elevadas, como a comemorada em 2018, com 100% de alta dos prematuros extremos no período, envolve ainda um amplo trabalho de gestão.

Com o entendimento de “quem não mede não gerencia”, os resultados da unidade no Monte Sinai passaram a fazer parte de um sistema que acompanha indicadores dos melhores hospitais do país. Os indicadores do setor são trocados e acompanhados mensalmente no sistema Epimed, que informa e compara dados epidemiológicos como taxa de sobrevida com hospitais dos paulistanos Albert Einstein, Beneficência Portuguesa, Sirio-Libanês, Samaritano, do Rio, e muitos outros. Com isso, o Monte Sinai fica sabendo se suas técnicas e rotinas têm resultados similares no uso de vasodilatadores, ventiladores mecânicos, considerando estatísticas de peso, idade gestacional, condições de internação e de alta e muitos outros dados.

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