Tradição em inovar: Macalé reverencia gerações passadas e olha para o futuro

PUBLIEDITORIAL

Comemorando 100 anos do seu fundador e prestes a completar 60 anos de história no mercado, atuais diretores relembram o começo e buscam honrar legado


Por Elisabetta Mazocoli

24/10/2024 às 10h06

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Atuais diretores relembram o começo e buscam honrar legado (Foto: Felipe Couri)

A empresa de laticínios Macalé surgiu a partir da percepção do fundador, Jonas Pereira Bomtempo, de que os insumos necessários para a produção de queijos poderiam ser feitos no Brasil. Tendo sido um dos primeiros alunos da Escola Cândido Tostes e também professor da instituição, queria encontrar formas de contribuir com esse mercado quando tudo começou, em 1965. No centenário do fundador da Macalé, a empresa relembra este passado e conta sobre seus planos para o futuro – sempre continuando como um negócio familiar.

Devido à sua experiência docente, Jonas percebeu que os produtores usavam corantes de urucum importados, e entendendo que esse era um produto brasileiro, achou que seria possível produzir esse item por conta própria. Ele e outros professores começaram a testar o produto no instituto, até que a produção de lá começou a atender ao mercado – e, assim, ele percebeu que poderia ser um bom negócio. “Com o tempo, a empresa foi agregando cada vez mais produtos, com objetivo de ser referência”, conta Hugo, seu neto, que dirige atualmente a empresa junto com o pai. 

A filha de Jonas, Luciana Bomtempo Furtado, também tomou gosto pelo negócio e, logo que se formou, começou a trabalhar com o pai. Juntos, eles foram fazendo a empresa crescer e se consolidar no mercado, sendo uma das mais antigas da cidade e conseguindo importar produtos de alta tecnologia da Dinamarca e Estados Unidos para atender com qualidade os laticínios de Minas Gerais.

O ano de 2021, no entanto, foi bem difícil para essa família: Luciana faleceu de Covid-19 e Jonas de causas naturais. Essas perdas dolorosas marcaram a vida de Hugo e seu pai, Marco Antônio, que também sempre foi da área de laticínios. Mas para honrar a família, eles continuaram a Macalé e, hoje, buscam sempre reverenciar esse passado.

 

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Marco Antônio e Hugo, pai e filho, comandam juntos a Macalé (Foto: Felipe Couri)

Parceria e inovação

O mercado de laticínios é altamente ligado à inovação tecnológica, e para a Macalé continuar todos esses anos no mercado sempre precisou ficar atenta a essas novidades e buscando encontrar maneiras de melhorar os processos de produção.”A gente não só vende produto, mas dá consultoria, fazemos visitas dentro das fábricas e ajudamos nessa produção. Não é só vender. Somos parceiros”, conta Hugo.

 

Não é só ele que pensa dessa forma – Aline Souza, que já trabalha há quase 17 anos na empresa, vivenciou todas essas fases e conta que o ideal sempre foi o mesmo. “É uma empresa familiar de todas as maneiras, desde no sentido literal até a forma como as pessoas trabalham, se respeitam, se comprometem e se dedicam”, afirma.

 

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“É uma empresa familiar de todas as maneiras, desde no sentido literal até a forma como as pessoas trabalham, se respeitam, se comprometem e se dedicam”, diz Aline Souza (Foto: Felipe Couri)

Nova fase da empresa

Prestes a completar 60 anos de existência, a Macalé vai expandir sua sede e vive um bom momento de investimentos, podendo atender a cada vez mais gente e com a qualidade de sempre.  Como conta Marco Antônio, esse era o desejo de Jonas e Luciana, e dar continuidade a esse trabalho é honrá-los também: “Essa nova fase é uma continuação do trabalho da Luciana, que junto com o pai trouxe o Macalé para um outro patamar, mantendo os valores de uma empresa com muita responsabilidade, honestidade e critério”, conta.

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