Como o curso superior pode aumentar seu salário

Sabia que apenas 43,2% dos brasileiros formados no ensino médio ingressaram no ensino superior, em um país onde a graduação pode elevar o salário em cerca de 250% em relação a quem não possui diploma? Os dados são do estudo Síntese de Indicadores Sociais divulgado pelo IBGE em 2018 e mostra como no Brasil o certificado pode não apenas trazer benefícios como ser o diferencial que determina a contratação.

Cássio Oliveira, 28 anos, sentiu na pele essa mudança. Depois de trabalhar por cerca de três anos como gestor de logística, ele teve a necessidade de ingressar na Faculdade de Administração de Empresas quando o mercado passou a exigir o diploma. No quarto período de curso na Facsum/FJF, Cássio começou a estagiar na área. Depois de um ano, foi indicado e contratado como supervisor no setor de logística e já viu seu salário dobrar em relação ao que ganhava antes na mesma função. Para ele, a experiência adquirida na faculdade acrescentou não só ao currículo, mas às qualidades como profissional. “A teoria e as vivências abrem a mente de um jeito que o mercado de trabalho por si só não passa. A área de gestão de pessoas foi onde mais senti diferença, usar estratégias para liderar a equipe e para organizar processos dentro da empresa. Hoje em dia consigo planejar com muito mais bagagem teórica”, conta.

Para o estudante, a vivência faz toda a diferença inclusive para se vender à empresa contratante durante uma entrevista de emprego, e a capacidade de comunicação tem sido muito valorizada pelo mercado. A diretora da Facsum/FJF, Renata Valle, destaca outro ponto procurado pelo mercado de trabalho: “O grande foco das empresas está principalmente nas atitudes do funcionário. Ter a formação é a base para exercer a profissão, mas é preciso saber o momento exato para utilizar esses recursos e aplicar suas habilidades. Isso tem a ver com a atitude, o saber se relacionar com o outro, respeitar e entender as diferenças e especificidades do outro. A graduação não foca somente no desenvolvimento técnico, mas no desenvolvimento do ser humano como um todo, a responsabilidade social e a empatia”, explica.

Os históricos do graduando e da faculdade que cursou também podem pesar na avaliação dos candidatos. Estar vinculado a instituições de educação com boa avaliação no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), aplicado pelo Ministério de Educação, é um ponto que influencia na escolha de funcionários. A atuação do aluno durante o curso também pode abrir portas no futuro. “O Enade é um grande espelho do que é a qualidade do ensino na faculdade, e as empresas estão de olho nos resultados da avaliação. Outro ponto a considerar é obter bons resultados nas provas de proficiência dos conselhos de atividade profissional. Alunos com diferenciais dentro da faculdade, que participam de projetos de extensão e na própria comunidade dentro das suas áreas de conhecimento, também se destacam”, orienta a diretora.

Plano de carreira

A dez meses de se formar, Cássio já pensa em cursar uma pós-graduação e até fazer um curso de Direito. Assim como ele, o plano de carreira tem feito parte do pensamento de muitos brasileiros, que veem na continuidade dos estudos a oportunidade de evoluir no cargo ou mudar de área, conquistando melhores salários. “Antigamente ter a graduação já era algo excepcional, hoje parte-se já para uma pós, um mestrado e outros níveis de qualificação”, comenta Renata. “Devido à oferta de cursos de graduação, presenciais e à distância no Brasil inteiro, há muito mais possibilidades, inclusive em Juiz de Fora. Com isso, ingressar na faculdade e conseguir um diploma é muito mais fácil que antigamente. Consequentemente, as empresas exigem que o candidato já comece com um nível superior em qualquer que seja a área.” Com programas de financiamento e desconto, o ensino tem se tornado cada vez mais acessível, é possível se profissionalizar através do ProUni, Fies, convênios com empresas e bolsas.

FACSUM – Faculdade do Sudeste Mineiro 
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