Maio Amarelo: por uma vida mais segura
PUBLIEDITORIAL
O uso da oxigenoterapia hiperbárica foi decisivo na recuperação do comerciante Murilo Coutinho, após uma fratura exposta no tornozelo. Vítima de atropelamento por condutor alcoolizado que negou o socorro, ele reforça, no Maio Amarelo, o apelo por mais conscientização e fiscalização nas saídas de festas
Parecia um domingo comum na vida do comerciante Murilo Coutinho de Almeida, 56 anos, que saiu de casa para uma caminhada matinal pela av. Deusdedith Salgado, no Salvaterra, no dia 23 de julho do ano passado. No entanto, o passeio terminou de forma trágica. “Um motorista bêbado que saia de uma festa de formatura, nas imediações, não conseguiu fazer a curva, perdeu o controle do veículo, subiu na calçada e me atropelou”, conta o comerciante. O condutor fugiu sem prestar socorro a Murilo. Pela identificação da placa, registro do Boletim de Ocorrência e relato de testemunhas, a ação criminal foi iniciada e tramita na Justiça.
Com uma fratura exposta no tornozelo, a pele ferida e queimada pela borracha do pneu, o comerciante precisou ser submetido a uma sequência de cinco cirurgias, no período de sete meses. “Meu ortopedista indicou a oxigenoterapia hiperbárica para acelerar o processo de cicatrização. Fiz 147 sessões no total, entre as cirurgias. Como teria que fazer uma atrás da outra, era importante que o procedimento anterior estivesse bem cicatrizado. Teria demorado muito mais para cicatrizar, um ano ou dois, sem a oxigenoterapia”, afirma.
Em virtude da gravidade das lesões, o comerciante acredita que o tratamento com o oxigênio puro, nas câmaras hiperbáricas, foi o melhor auxílio. Além de acelerar a cicatrização, também evitou complicações no pós-cirúrgico. “O maior perigo dessas lesões é a contaminação da pele, pelo risco de infecções. Poderia resultar numa osteomielite, por exemplo. O tratamento na O2JF evitou isso porque oxigênio puro elimina as bactérias”, destaca Murilo Coutinho.
Terapia adjuvante

Lidar com a complexidade do tipo de fratura de Murilo – sobretudo de vítimas de acidentes de trânsito envolvendo motociclistas – faz parte da rotina do médico Roberto Zambelli, ortopedista, especialista em cirurgia de tornozelo e pé, coordenador do Serviço de Ortopedia e do Centro Avançado no Cuidado de Feridas, do Hospital Mater Dei, em Belo Horizonte.
O médico explica que a oxigenoterapia nas câmaras hiperbáricas é uma terapia adjuvante e, portanto, não substitui os procedimentos ortopédicos necessáriosnas grandes lesões de partes moles, envolvendo pele e músculos. “A oxigenoterapia age como terapia complementar aos procedimentos cirúrgicos e acelera muito o fechamento da ferida, por isso indicamos quando há a necessidade de promover uma melhora no leito da ferida”, explica.
Segundo ele, o médico pode indicar o tratamento com o oxigênio puro precocemente no pós-operatório, dependendo de cada caso. “Nas lesões causadas por esmagamento, podemos lançar mão antes da cirurgia ortopédica, para melhorar o leito da lesão. No entanto, o mais frequente é fazer o tratamento ortopédico primeiro e, diante da persistência do quadro da falta de cobertura cutânea, usar a hiperbárica para acelerar esse fechamento e, assim, antecipar uma cirurgia para cobertura da ferida”, afirma Roberto Zambelli.

O especialista explica ainda que a ação da oxigenoterapia se dá muito mais na cicatrização do tecido do que na melhora funcional. Por isso, o comerciante Murilo Coutinho precisou dar continuidade ao tratamento para a reabilitação das funções do tornozelo. “Ainda uso muletas, faço fisioterapia e hidroginástica, porque foi fratura exposta, várias rupturas e necessidade de enxerto ósseo. Esta é a segunda etapa do processo. A primeira foi a cirurgia e a cicatrização com a ajuda da oxigenoterapia. Estou evoluindo, mas é lento”, diz Murilo.
Nós somos o trânsito
O caso de Murilo integra a lista crescente de acidentes no trânsito que fazem novas vítimas todos os dias, no Brasil e no mundo. Para chamar a atenção das pessoas, a Organização das Nações Unidas (ONU) propôs o Maio Amarelo que neste ano tem como tema “Nós somos o trânsito”. O objetivo é ampliar o alcance dasações de conscientização sobre segurança viária, em todo o país, por meio de uma série de iniciativas envolvendo a sociedade civil e órgãos governamentais. Dados da ONU revelam queo Brasil é o quinto país mais violento do mundo no trânsito e o segundo em mortes de motociclistas. Entre as principais causas estão o excesso de velocidade e a combinação de bebida alcoólica e direção.
“A Deusdedith Salgado é um lugar plano para caminhar. Mas a quantidade de casas de eventos no local é um impeditivo. A festa termina às 6h da manhã e depois os convidados vão para o estacionamento porque tem trio elétrico até as 10h, onde continuam bebendo. Depois pegam o carro e saem dirigindo. Foi o que aconteceu com o rapaz que me atropelou na calçada”, relata Murilo Coutinho. “Precisamos de mais conscientização e uma fiscalização mais rigorosa na saída destas festas. Todos sabem o que acontece ali”, conclui.

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