Atenção primária: forma eficaz de garantir saúde para todos

PUBLIEDITORIAL

Propósito é criar sistemas fortes e abrangentes


Por Unimed JF

04/11/2018 às 09h20- Atualizada 04/11/2018 às 10h20

 

Imagem Declaração de AstanaPelo menos metade da população mundial não tem acesso a serviços essenciais de saúde. E apesar de o mundo ser um lugar mais saudável para as crianças hoje, cerca de 6 milhões delas morrem anualmente antes de completar cinco anos, sobretudo por causas evitáveis.Os números alarmantes que transformam vidas em dolorosas estatísticas estimularam, no final de outubro, a assinatura da Declaração de Astana por países de todo o mundo. Pelo documento, as nações se comprometem a fortalecer seus sistemas de atenção primária, como estratégia sustentável para garantir a cobertura universal e o direito de todos à saúde, revitalizando a histórica e inédita Declaração de Alma-Ata, de 1978.

O compromisso dos países está focado em quatro áreas-chave: fazer escolhas políticas ousadas para a saúde em todos os setores; construir cuidados de saúde primários sustentáveis; capacitar indivíduos e comunidades e alinhar o apoio das partes interessadas às políticas, estratégias e planos nacionais.“Na sua essência, os cuidados primários de saúde tratam das pessoas, em vez de simplesmente tratar doenças ou condições específicas. A Atenção Primária à Saúde (APS) é geralmente o primeiro ponto de contato que as pessoas têm com o sistema de saúde. Ela oferece atendimento abrangente, acessível e baseado na comunidade. Atende às necessidades de saúde dos indivíduos ao longo da vida”, destaca a Organização Mundial de Saúde (OMS).

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SÃO PAULO 19/12/2017 – Na foto Alexandre Ruschi – Foto: NILTON FUKUDA

Presidente da Unimed Nacional, Alexandre Ruschi observa que as ações preventivas e o monitoramento da saúde da família, que estão na base da atenção primária, são alternativas viáveis e eficazes diretamente relacionadas ao “Jeito de Cuidar Unimed”, em uma proposta bem diferente ao modelo atual de assistência que desestimula a população a acompanhar sua saúde de maneira integral. “Pula todo o processo do autocuidado, indo direto ao especialista para resolução do problema, com gastos de exames, muitas vezes desnecessários”, explica Ruschi. “Não é no pronto-socorro que se inicia o acompanhamento médico”.

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Definitivamente não é mesmo, concorda o presidente da Unimed Juiz de Fora, Hugo Borges, ao destacar o ecossistema de saúde que a Cooperativa fomenta a partir da criação de dispositivos que favorecem a atenção integral à saúde. Deste ecossistema fazem parte SOS 24 horas, Atenção Domiciliar, Espaço Viver Bem, Núcleo de Atendimento Unimed, Unidade Benfica, Unimed Cuidados Continuados, Unimed Dental, Unimed Pleno e, em breve, o novo Hospital Unimed. “A Declaração de Astana vem ratificar a atenção integral como único caminho para a eficiência e a sustentabilidade do sistema tanto no Brasil quanto no mundo, de modo a atender a população em suas mais diversas necessidades”, explica Hugo Borges. “Estamos no caminho certo”.

Propósito é criar sistemas fortes e abrangentes

O novo compromisso assinado por todos os países que integram a OMS surge em meio ao crescente movimento global por maior investimento na atenção primária à saúde. Os recursos têm sido predominantemente focados em intervenções de doenças únicas, em vez de sistemas de saúde fortes e abrangentes como destacados por várias emergências de saúde nos últimos anos, avalia o órgão mundial. “A meu ver, a Declaração de Astana chama atenção para a sustentabilidade do modelo de saúde atual. Temos o compromisso de garantir saúde, transformando e reavaliando o modelo que ofertamos. Temos que mensurar o número de pessoas sem cobertura e pensar em ações para mudar esse cenário”, afirma o presidente da Unimed Nacional, Alexandre Ruschi.

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Para a Diretora de Provimento de Saúde da Unimed Juiz de Fora, Nathércia Abrão, a cobertura universal prescinde de uma mudança cultural profunda que amplie o mindset em relação ao conceito de saúde. Essa transformação deve abranger, inclusive, a formação profissional, a humanização do cuidado e as campanhas de prevenção e conscientização, dentre outras, para que as pessoas se sintam estimuladas a cuidar da própria saúde e, ao mesmo tempo, amparadas por uma rede eficiente de assistência. “O compromisso não é meramente quantitativo, mas qualitativo e necessita de todas as esferas da sociedade para se concretizar”, completa o presidente da Unimed Nacional.

Diretor Administrativo e Financeiro da Unimed Juiz de Fora, Darlam Kneipp acredita que a consolidação do modelo de atenção integral à saúde na esfera pública e privada contribuirá, efetivamente, para que as pessoas compreendam com mais clareza a nova lógica do cuidado proposta mundialmente. “O fortalecimento dos sistemas baseados na APS é indispensável para assegurar a universalização da saúde, como prevê a Declaração de Astana”, acrescenta o diretor de Relacionamento e Mercado, Glauco Corrêa de Araújo.

Hoje, o acesso aos serviços está comprometido, entre outras, porque “ainda há certa resistência por parte da população, uma vez que enxerga a centralidade em um médico (a exemplo do médico de família) como uma restrição na liberdade de escolha”, observa Ruschi. “As especialidades médicas se tornaram um produto exposto em uma vitrine que pode ser testado e consumido livremente. Tal pensamento precisa ser mudado.O alinhamento das visões pública e privada na saúde será fundamental para a viabilidade dessa mudança cultural”, finaliza o presidente da Unimed Nacional.

ENTENDA

– APS

A Atenção Primária à Saúde (APS) orienta-se pelos princípios da universalidade, da acessibilidade e da coordenação do cuidado, do vínculo e continuidade, da integralidade, da responsabilização, da humanização, da equidade e da participação social.

 

– DECLARAÇÃO DE ASTANA

A nova declaração renova o compromisso político com a atenção primária à saúde por governos, organizações não-governamentais, organizações profissionais, acadêmicos e organizações globais de saúde e desenvolvimento.

 

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