Tecnologia e mexida no visual visam reforçar briga com rivais mais novos


Por Igor Macário/ Auto Press

26/07/2012 às 07h00

A Fiat acordou para o Punto. Longos cinco anos após o lançamento no Brasil, a marca promoveu as primeiras modificações no hatch. Ele ganhou visual, interior renovados, além de uma pequena redução de preços em algumas versões e a adição de novos equipamentos. Com isso, a Fiat espera ter um rival mais forte para Chevrolet Sonic, Ford New Fiesta, o renovado Citroën C3 e o futuro Peugeot 208 – além do antigo Volkswagen Polo. Na prática, a lista das mudanças é grande, mas pouco afetam o caráter do carro.

A carroceria ganhou os traços do Punto Evo europeu, com frente e traseira redesenhadas – com o "bigodinho" do 500, que se alastra por todos os novos Fiat brasileiros – visual já substituído na Europa, onde o Punto ostenta atualmente linhas mais suaves. A Fiat garante que, ao contrário dos europeus, o brasileiro prefere mais adornos, o que justificaria a escolha desta versão, de ar mais robusto, para ser produzida em Betim. Na frente, o centro do para-choque vem sem pintura e divide a grade horizontalmente. Nas extremidades, ficam abrigadas as luzes de direção – antes acoplada aos faróis, que mantiveram basicamente o mesmo desenho. Atrás, as mudanças são mais sutis. As lanternas ganharam leds. O para-choque foi redesenhado e também ganhou uma larga faixa sem pintura. De perfil, nada mudou.

Os motores também continuam os mesmos, mas com pequenas atualizações. O 1.8 16V, de 132cv e 18,9kgfm, agora só é disponível na versão Sporting. Já o 1.4 da Attractive passa a ser o Evo, já usado em Uno, Palio e Grand Siena, que tem 88cv e 12,5kgfm de torque com etanol – antes os números eram 86cv e os mesmos 12,5kgfm. O 1.6 16V, de 117cv e 16,8kgfm, equipa a Essence. O câmbio automatizado, opcionais para os motores 1.6 e 1.8, passa a ser o Dualogic Plus, que já equipa Bravo e Linea, que tem um software mais moderno.

O modelo para as vitrines, no entanto, é mesmo o 1.4 turbo de 152cv da versão T-Jet. Ele agora incorpora o seletor DNA, que permite alterar alguns parâmetros eletrônicos do motor de acordo com a escolha do motorista. O "D", de Dynamic, prepara o 1.4 para entregar o torque mais bruscamente e deixa o motor mais "cheio". O "N" é de Normal e o "A", referente a Autonomia, amansa o propulsor e tem foco na redução de consumo – na Europa, essa opção é chamada "All Weather", para pisos escorregadios.

Por dentro, o Punto também trouxe novidades. O painel foi totalmente redesenhado e agora se parece muito com o utilizado no Bravo. A Fiat diz ter melhorado a qualidade do acabamento, com o uso de materiais mais nobres. O quadro de instrumentos também foi modificado e ganhou mostradores distribuídos em dois círculos pronunciados, também muito semelhantes ao do hatch médio. A marca ainda colocou novos "spots" de iluminação interna, para dar ao Punto um ar mais requintado. Há pequenas fileiras de LEDs próximas às maçanetas e sob as saídas de ar dos cantos do painel.

A Fiat também se mostra agressiva em relação aos preços. A gama começa em R$ 38.570 para o Attractive 1.4 – o único sem ar-condicionado de série – e segue até os R$ 55.740 do T-Jet 1.4 – antes começava em R$ 40.380 e ia até R$ 65.830. Os preços de Essence e Sporting também estão menores – caíram respectivamente R$ 3 mil e R$ 5 mil – e custam agora R$ 41.750 e R$ 46.400. O câmbio automatizado Dualogic Plus acrescenta R$ 2.370 aos dois modelos. Entre os opcionais, destaque para a adição dos airbags laterais e de cortina. Com as modificações, o bom conjunto ganhou um sopro de atualidade com a mesma elegância do desenho de Giugiaro.

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