Um sedã com estrela


Por RODRIGO MACHADO

13/12/2012 às 07h00

AUTOPERFIL

No Brasil, a Mercedes-Benz Classe C tem uma função essencial: ser um objeto de desejo para a classe media-alta. Tanto é que, as três versões disponíveis do sedã no país exercem atração numa proporção inversa ao valor estampado na tabela de preços. A de entrada, a C180 e seus R$ 115.900, é a que mais vende. A seguinte, a C200, que custa R$ 158.900, vende bem menos. A de topo, C250, que sai a salgados R$ 208.500, é praticamente um carro de showroom. No balanço entre preço, sofisticação, potência e equipamentos, a C200 Avantgarde é a que melhor atende às suscitações de quem quer uma Mercedes, mas sem se encalacrar (muito) por isso. Na soma, com cada versão fazendo uma função específica.

São quase 400 vendas mensais, que mantiveram o sedã da Mercedes à frente na lista dos modelos de luxo mais vendidos no Brasil – ultrapassando, inclusive, o impressionante Land Rover Evoque. Esse posicionamento do Classe C se deve muito à reestilização de meia-vida promovida pela montadora no meio do ano passado, feita após uma queda de quase 40% nas vendas mundiais do modelo. As pesquisas indicaram que a principal causa era a impressão dos potenciais consumidores de que o sedã estava simples demais. Isso explica o face-lift, que afetou pouquíssimo o exterior, mas foi considerado pela marca o mais profundo já promovido em um habitáculo. Mudaram totalmente o painel, os comandos, o volante e todos os revestimentos, além de algumas melhorias técnicas.

No caso da C200, o acabamento interno é em alumínio escovado e traz ainda teto solar e faróis bi-xenon. Além disso, tem itens como ar-condicionado automático, luzes de led, controles de estabilidade e tração, seis airbags, ABS, rodas de liga leve de 17 polegadas e sistema de entretenimento com tela de 3 polegadas. O propulsor das três versões é basicamente o mesmo: um 1.8 turbo com injeção direta de gasolina gerenciado por um câmbio automático de sete marchas. O que muda são as calibrações e o tamanho de turbo e intercooler. Na C180, turbo e intercooler são pequenos e ele desenvolve 156cv e 25,5kgfm de torque. Na top, a C250, turbo e intercooler são de maior capacidade, o que resulta em 204cv e 31,6kgfm. Na C200, intercooler é o da C180 e o turbo é o da C250. E gera 184cv de potência e 27,5kgfm. Bons números para um modelo que pretende unir elegância e vigor em boas doses. Sem sobras ou faltas.

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