SETE BELO
O mercado de luxo é um dos que menos sofre com a crise que afeta duramente a Europa. Para se manter atualizada, a BMW acaba de mexer no Série 7, seu maior e mais tecnológico sedã. O carro passou por uma leve reestilização e teve alguns detalhes aprimorados para continuar no topo da lista de desejos de quem procura um sedã grande de luxo.
Na frente, a grade tem menos filetes e há mais cromados adornando o para-choque. Embaixo, novos faróis de neblina, leds diurnos reposicionados e entradas de ar reformuladas. De resto, a silhueta imponente foi mantida, com o desenho discreto, mas marcante, que caracteriza o Série 7. Sem dúvida, trata-se de um carro grande, com até 5,21m de comprimento na versão com entre-eixos longo, mas as linhas até que conseguem amenizar o tamanho e fazê-lo parecer um tanto menor.
Por dentro, a BMW afinou encostos das poltronas dianteiras para abrir ainda mais espaço para as pernas dos ocupantes de trás. A qualidade construtiva é das melhores, com acabamento quase artesanal e muitos gadgets de conforto, como a possibilidade do passageiro traseiro do lado direito chegar para a frente o banco dianteiro para ampliar o vão e reclinar a poltrona. Além disso, o apóia-braço central traz diversos comandos para o sistema de entretenimento exclusivo para quem viaja na segunda fileira.
Sob o capô, a gama segue com motores de seis, oito e até 12 cilindros, com potências entre 258 cv e 544 cv. A versão mais simples, a 730d, com motor 3.0 diesel, usa um seis cilindros em linha de 258cv e promete até 18km/l de consumo médio. Com motor a gasolina, a base da gama é o 740i, com 320cv extraídos de outro 3.0 seis cilindros. No topo da gama, a 760Li, com o poderoso V12 biturbo de 544cv – o motor mais potente produzido pela BMW.
Independentemente da motorização, todas as versões trazem o suprassumo da tecnologia da marca bávara. Há quatro modos de condução – Eco Pro, Comfort, Sport e Sport+. O primeiro, além de configurar o carro para máxima economia de combustível, ainda incorporou a função coasting para o câmbio automático de oito marchas. Em velocidades entre 50km/h e 160km/h ele mantém o motor na rotação mínima e busca aproveitar sempre a inércia do carro do movimento, desconectando, inclusive, a transmissão do propulsor. Tudo para reduzir ainda mais o consumo.
O Série 7 vem de série com faróis de led adaptativos e câmera de visão noturna – que permite detectar obstáculos a 60
metros de distância, que só seriam visíveis a 20 metros de distância. Junto a isso, o sistema eletrônico do carro usa do GPS para configurar parâmetros de funcionamento do conjunto propulsor. Ele percebe a topografia da estrada radiante e é capaz de gerenciar o uso das baterias do EfficientDynamics para guardarem mais ou menos energia das frenagens.
Claro que tanta tecnologia não custa barato. Na Europa, o Série 7 mais barato – um 730d com motor diesel – não sai por menos de 74.900 euros, cerca de R$ 200 mil. O 750i com motor V8 a gasolina de 450cv custa 96 mil euros
– R$ 250 mil – e o topo 760Li, com entre-eixos alongado, bate nos 147.900 euros, ou R$ 385 mil. No Brasil, antes desse face-lift, as únicas versões trazidas eram a 750i, por cerca de R$ 450 mil, e a 760Li na casa dos R$ 540 mil.