A 123milhas apresentou proposta à Central Composta Automatizada do Ministério Público de Minas Gerais (Compor/MPMG) para compensar clientes que adquiriram pacotes de passagens em linhas promocionais.
A proposta da empresa era disponibilizar 500 milhões de reais para compensar esses clientes. Em pedidos de recuperação judicial encaminhados à Justiça, 123 milhões de pessoas reivindicaram dívidas de 2,3 bilhões de reais.
A lista de credores será de 700 mil (entre pessoas físicas e jurídicas), sendo um dos principais devedores o Banco do Brasil, que deve à instituição financeira do país mais de 97 milhões de reais.
Relembre o caso da 123 Milhas
A crise da empresa começou no dia 18 de agosto, quando a 123 anunciou que iria suspender a emissão de bilhetes desta linha promocional, com embarques previstos de setembro a dezembro deste ano. A empresa não reembolsou os clientes e apenas ofereceu vales parcelados, gerando indignação entre os consumidores. Segundo a empresa, apenas 5% dos consumidores foram afetados.
No dia 31 de agosto, o Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG) acatou o pedido de recuperação judicial da agência de viagens online. Mas em 20 de setembro, o juiz Alexandre Victor de Carvalho suspendeu temporariamente a ação judicial que autorizava a recuperação judicial de US$ 123 milhões até que a empresa fornecesse garantias. O juiz considerou que é necessário conhecimento técnico antes que a reciclagem possa ocorrer.
No dia 13 de setembro, a 15ª Vara Cível da Comarca de Belo Horizonte decidiu congelar bens e valores no valor de R$ 50 milhões, além de aplicações financeiras.