Ações nas favelas
Secretário nacional de Segurança Pública na gestão Lula e responsável pelo primeiro Plano de Segurança petista, o antropólogo Luiz Eduardo Soares, em entrevista à Rádio CBN, rejeitou a intervenção das Forças Armadas na linha de frente do combate à violência. Um dos autores do livro “Elite da Tropa”, que deu origem ao filme “Tropa de Elite”, ele destacou que elas não são treinadas para esse tipo de ação, devendo ser utilizadas no apoio, sobretudo nas fronteiras para combater o tráfico de drogas. Ele também questiona as incursões nas comunidades, uma vez que, segundo ele, só provocam vítimas, inclusive da polícia, sem grandes resultados. “Temos que treinar nossas polícias para um novo tipo de abordagem, repactuando tais ações”, destacou.
Placas tectônicas
Ainda na CBN, no quadro “Pequeno Expediente”, Luiz Eduardo Soares avaliou também o cenário político. Convidado pela UFJF, ele participou do projeto Café das Cinco e Meia, coordenado pelo professor Rubem Barboza, ocasião em que abordou o Brasil depois de 2013, ano que ficou marcado por grandes mobilizações no mês de junho. Segundo Soares, o movimento, a despeito das impressões, não foi inócuo. A entrevista completa estará na edição de domingo da Tribuna.
Novo entrevero
O vereador Wanderson Castelar tornou a se envolver numa polêmica na Câmara. Autor do projeto 090, determinando que, todos os anos, sejam atualizadas as informações sobre a evolução patrimonial de vereadores, prefeito, vice, secretários municipais e diretores da administração indireta, ele teve o texto rejeitado em primeiro turno. Apenas quatro vereadores endossaram a proposta. Em nota, o vereador qualificou de tendenciosa a ação do peemedebista Antônio Aguiar, que presidiu a sessão. “Havia uma articulação para que a matéria fosse derrotada, e o senhor participou disso, com a vantagem de não aparecer na lista dos que votaram contra, porque estava presidindo a sessão”, observou.
Conselho de Ética
Mas o entrevero não se restringiu à nota. Terminada a votação, Castelar questionou duramente a postura do colega, que acabou suspendendo a sessão. A discussão foi parar no cafezinho e ganhou um novo personagem, o vereador Sargento Casal, que no primeiro semestre já havia protagonizado um enfrentamento com o petista, que quase terminou em vias de fato. Ele questionou Castelar, que estaria desrespeitando a hierarquia, e o clima voltou a ficar tenso, só sendo acalmado com a intervenção de outros vereadores. Casal disse que iria fazer moção pedindo a intervenção do Conselho de Ética na questão. Na quinta-feira, estava prevista uma nova votação.