Candidato da convergência
O deputado Marcus Pestana (PSDB) disse que não foge de desafios, mas enfatizou que a candidatura própria de seu partido ao Governo de Minas deveria, prioritariamente, ser encabeçada pelo senador Antonio Anastasia. A despeito das negativas do ex-governador, o deputado destaca que ele é o nome mais adequado para conciliar as forças de oposição num só projeto, o que faltou, no seu entendimento, ao ex-prefeito Marcio Lacerda (PSB) e ao ex-deputado Dinis Pinheiro (PP). Ambos começaram com projetos próprios, depois partiram para um palanque comum, mas nem assim conseguiram atrair as demais representações políticas. “Nenhum deles está promovendo a convergência necessária”, observou Pestana, ao participar, nessa quinta-feira, do programa Pequeno Expediente, da Rádio CBN. Para ele, é preciso construir um nome de consenso.
Melhor momento
Indagado se toparia disputar se fosse escolhido pelo PSDB, o deputado destacou que não foge a desafios, mas considerou que candidaturas não são projetos pessoais. No caso de Minas, não é prêmio, e sim desafio, ante as dificuldades apontadas para o próximo gestor. Depois da entrevista, por telefone, em Brasília, ele embarcaria para Belo Horizonte para se encontrar com Dinis Pinheiro e Marcio Lacerda, na tentativa de convidá-los para o projeto do PSDB. Pestana lembrou que em 2014 poderia ter sido ele o indicado, em vez do ex-deputado Pimenta da Veiga. “Meu momento foi em 2014”, mas garantiu que está preparado para o embate e elencou experiências nos ministérios do Turismo e Meio Ambiente e nas secretarias de Estado da Saúde e do Planejamento.
Projeto próprio
O deputado foi enfático ao ser questionado se a candidatura tucana não seria um projeto para dar chance de reeleição ao senador Aécio Neves. “Ele depende de um projeto autônomo. Trata-se de um equívoco ver o projeto da candidatura própria dessa forma.” Para Pestana, o PSDB tem, também, que dar palanque para o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, no seu entendimento, o nome que o partido deve referendar para disputar a sucessão do presidente Michel Temer, mesmo que esse, como se especula em vários fronts, agora tenha planos de ir para a reeleição, sobretudo se der certo o projeto de intervenção federal no Rio de Janeiro.
Palanque em Minas
Presidente nacional do PSDB, o governador Geraldo Alckmin articula candidaturas fortes em estados estratégicos, como Minas, responsável por 10,6% do colégio eleitoral do país. Daí a sua insistência em torno da candidatura do senador Antonio Anastasia. Como não precisa se desincompatibilizar, o ex-governador tem tempo para pensar. Aliás, o dia 7 de abril – prazo final para os interessados em ir às urnas e que precisam deixar seus cargos – será emblemático. Os olhares estarão voltados para o governador Fernando Pimentel e para o prefeito Bruno Siqueira. O governador, se for para a reeleição, não precisa sair do cargo, mas terá que fazê-lo se disputar o Senado. O prefeito tem que sair para qualquer opção: senador ou deputado. Bruno, no entanto, garantiu que não irá esperar o dia 7 de abril. Vai anunciar seu projeto uma semana antes.