O candidato do PSB ao Governo, Marcio Lacerda, recebeu a visita do deputado Adalclever Lopes e do presidente do MDB, Saraiva Felipe, para uma rodada de conversas. Sem Toninho Andrade, os emedebistas abriram um ciclo de negociação para definir seu projeto eleitoral. O discurso da candidatura própria, na avaliação dos analistas, é apenas um detalhe, pois o partido estaria disposto a abrir mão da cabeça de chapa dependendo do que lhe for oferecido. A conversa com o PSB foi apenas a primeira e, por isso, inconclusiva, sobretudo por já estar na agenda de Saraiva uma conversa com o governador Fernando Pimentel. Vários deputados, especialmente o tesoureiro João Magalhães, defendem a reedição da aliança de 2014, mas não há consenso.
Opções
O que se fala nos bastidores é que o grupo de Toninho, que não pode ser desconsiderado, pois controla as coordenações pelo interior de Minas, tem como opções as candidaturas do deputado Rodrigo Pacheco (DEM) e de Marcio Lacerda (PSB). O ex-prefeito de Belo Horizonte também estaria na lista do grupo de Adalclever, como ficou claro na reunião dessa sexta-feira; este quer se aliar com o governador Fernando Pimentel (PT). Tanto é que a pauta na Assembleia foi destravada para facilitar as conversas com o governador. Como o MDB quer coligação completa, há resistências tanto de deputados do PSB quanto do PT, que não veem vantagens em tê-lo como aliado.
Contribuição
Com o seu presidente na lista dos pré-candidatos ao Governo de Minas, a Assembleia Legislativa apresentou, na sexta-feira, um relatório destacando não apenas as suas ações internas de gestão dos recursos públicos, como corte no orçamento, mas também o que foi discutido nas comissões e no plenário. “O Parlamento mineiro”, diz a nota, “contribuiu efetivamente para o enfrentamento do déficit fiscal, por meio da promoção do debate sobre o tema e da aprovação de projetos que tinham como principal objetivo trazer alívio para as contas públicas”.
Novos tempos
De fato, a Assembleia está atuando. Depois da descompressão nas relações dos deputados do MDB e do Governo Pimentel, a pauta de votação foi destravada, com várias matérias sendo votadas. A prova da retomada do diálogo foi a aprovação do nome do deputado Durval Ângelo (PT) — indicado pelo governador — para ocupar uma das cadeiras do Tribunal de Contas do Estado. Até então, seu nome enfrentava resistências entre os próprios pares e, por algum momento, sob o risco de sequer ser aprovado. Passou por unanimidade. Os deputados só rejeitaram discutir a venda da Codemig, mas fizeram concessões em outras áreas.