Aprovação de Lula sobe após tarifaço de Donald Trump, diz a pesquisa Genial/Quaest

A aprovação de Lula teve mais impacto entre a classe média, diz a pesquisa Genial/Quaest

Por Paulo Cesar Magella

A aprovação de Lula subiu de 40% para 43% enquanto a desaprovação caiu de 57% para 53%. Os dados são da recente pesquisa Genial/Quaest, divulgada na manhã desta quarta-feira, após o tarifaço imposto ao Brasil pelo presidente Donald Trump. Apesar da melhora nos índices, o presidente Lula é visto pela maioria como responsável pela decisão do governo americano. Para 26%, o que causou a decisão de Trump foram as falas de Lula contra Trump durante a reunião do Bric; 22% apontam como causa as ações do STF contra Jair Bolsonaro; outros 17% imputam à influência do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro. Finalmente, 10% acham que a responsabilidade é do STF por causa das ações contra big techs.

Melhor desempenho foi na classe média, aponta a pesquisa Genial/Quaest

O crescimento da aprovação do presidente Lula, de acordo com o pesquisador Felipe Nunes, não foi nem entre os mais pobres, nem entre os mais ricos. Foi nos setores de renda média: a diferença que era de -19 pontos percentuais passou para -9 pontos percentuais de maio pra cá. Entre eleitores lulistas ou de esquerda, a aprovação continua alta ( 80%). Entre eleitores bolsonaristas ou de direita, a aprovação continua baixa (12%). A mudança mais significativa foi captada nos setores moderados, onde o saldo negativo passou de -28 pontos percentuais para -16 pontos percentuais.

Medidas de Trump empurraram o Centrão para o lado de Lula

Outro ponto destacado pela pesquisa Genial/Quaest foi a repercussão da tarifação. Ela conseguiu unir a esquerda, os lulistas e os moderados (sem posicionamento); mas dividiu a direita e os bolsonaristas. Ou seja, “empurrou o ‘centro’ para o colo do Lula”. A pesquisa revela ainda que a maioria dos entrevistados (53%) apoia a declaração de Lula de que o Brasil deve responder com medidas equivalentes às tarifas impostas pelos Estados Unidos.

 

Paulo Cesar Magella

Paulo Cesar Magella

Sou da primeira geração da Tribuna, onde ingressei em 1981 - ano de fundação do jornal -, já tendo exercido as funções de editor de política, editor de economia, secretário de redação e, desde 1995, editor geral. Além de jornalista, sou bacharel em Direito e Filosofia. Também sou radialista. Meus hobbies são leitura, gastronomia - não como frango, pasmem - esportes (Flamengo até morrer), encontro com amigos, de preferência nos botequins.E-mail: [email protected] [email protected]

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