Segundo turno
As articulações para o segundo turno já estão em curso, mas é bem provável que nem todos os candidatos do primeiro, que ficaram fora desta nova etapa, se manifestem, preferindo liberar os eleitores para escolherem a proposta que acharem melhor para a cidade. Por conta do viés ideológico, apenas Victória Mello (PSTU) manteve a postura de ficar contra Bruno e Margarida, mas nada pessoal, e sim por razões programáticas. Maria Ângela (PSOL) deve seguir pelo mesmo caminho. Os demais candidatos, Noraldino Júnior, Wilson da Rezato e Lafayette Andrada, ainda estariam conversando com seus apoiadores. Noraldino, no entanto, já antecipou que vai anunciar hoje a sua posição, durante entrevista coletiva na sede de seu comitê, com direito, inclusive, a transmissão ao vivo pelo Facebook.
Sem apoio
A Rede Sustentabilidade já antecipou sua posição. Não irá apoiar nenhum dos dois candidatos neste segundo turno. Em nota, o partido diz que discutiu amplamente e chegou a essa conclusão em consideração à conjuntura nacional do PMDB e do Partido dos Trabalhadores. “A crise econômica e a corrupção desenfreada foram largamente alimentadas pelo governo conjunto dos dois partidos na última década. Ademais, pesou o fato de que, localmente no primeiro turno, nenhum dos dois candidatos sequer mencionou a questão da sustentabilidade, tema de grande relevância para a Rede.”
Vai depender
A decisão do Superior Tribunal de Justiça transferindo para a Assembleia a permissão para prosseguir ou não o processo contra o governador Fernando Pimentel está condicionada a interpretação. Se for para autorizar o processo sem que ele deixe o cargo, provavelmente a proposta será aceita. Se for para processá-lo mediante afastamento do posto, dificilmente os deputados darão aval. A questão ainda vai ser discutida, mas a própria decisão do STJ foi uma vitória parcial do governador, que, em tese, tem maioria no Legislativo. Há quem considere que o derrotado, pelo menos agora, foi vice-governador Antônio Andrade.
Efeito STF
A decisão do Supremo Tribunal Federal de manter presos os condenados em segunda instância, mesmo com direito a recursos, afeta diretamente o ex-prefeito Alberto Bejani, ora preso no complexo Nelson Hungria, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ele impetrou recursos contra as decisões de primeira e segunda instância, mas, salvo alguma medida cautelar em contrário, terá que esperar a sentença de mérito na penitenciária. Ele foi preso no dia 11 de junho por ordem do Superior Tribunal de Justiça, que determinou a execução provisória de uma condenação, em segunda instância, a sete anos e nove meses em regime fechado por corrupção passiva.