Por causa de prazos, aliança majoritária do Avante com o União pode chegar à Justiça Eleitoral

O Ministério Público já estaria acompanhando as discussões em torno da aliança majoritária do Avante com o União e indicação do vice após o registro da ata de convenção

Por Paulo Cesar Magella

O encerramento do prazo para as convenções marcou uma etapa do processo eleitoral e definiu os nomes dos candidatos tanto à Câmara quanto à Prefeitura, mas é o registro das candidaturas, previsto para o dia 15, a peça mais importante desse processo, pois é quando a Justiça Eleitoral irá dizer quem pode e quem não pode disputar o pleito. E aí há uma discussão intensa nos bastidores envolvendo a aliança majoritária entre o Avante, da candidata Ione Barbosa, e o União Brasil.

Nos bastidores, a interpretação (e essa depende dos argumentos) é que há prazos que não teriam sido cumpridos, o que pode causar problemas para a candidata. No apagar das luzes da convenção municipal, na última segunda-feira, o União Brasil de Juiz de Fora decidiu pela neutralidade por não haver um nome a ser indicado, como eram os termos de uma deliberação da nacional, na qual diz que o partido faria alianças desde que fosse o cabeça de chapa ou indicasse o vice. No caso de Juiz de Fora, a indicação deu deserta. O partido fez uma segunda ata, horas depois, com o mesmo resultado. Ninguém se apresentou, o que teria levado a Executiva, então, a confirmar a neutralidade.

Na terça-feira, a Executiva Nacional emitiu nota decidindo que o partido iria, sim, se aliar a Ione e apontou o nome do professor Francisco Manfrini como vice. Só que a ata da neutralidade já estaria de posse da Justiça Eleitoral. Alguns especialistas ouvidos pelo Painel prenunciam problemas, pois os prazos, segundo eles, não teriam sido cumpridos, e o Ministério Público já estaria atento a essa questão. O jogo, pois, ainda não está totalmente definido. E mais. Se houver discussão jurídica, uma decisão de mérito não sai de uma hora para outra e a propaganda eleitoral no rádio e na televisão começa no dia 30 de agosto.

Paulo Cesar Magella

Paulo Cesar Magella

Sou da primeira geração da Tribuna, onde ingressei em 1981 - ano de fundação do jornal -, já tendo exercido as funções de editor de política, editor de economia, secretário de redação e, desde 1995, editor geral. Além de jornalista, sou bacharel em Direito e Filosofia. Também sou radialista Meus hobbies são leitura, gastronomia - não como frango, pasmem - esportes (Flamengo até morrer), encontro com amigos, de preferência nos botequins. E-mail: [email protected] [email protected]

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