O encerramento do prazo para as convenções marcou uma etapa do processo eleitoral e definiu os nomes dos candidatos tanto à Câmara quanto à Prefeitura, mas é o registro das candidaturas, previsto para o dia 15, a peça mais importante desse processo, pois é quando a Justiça Eleitoral irá dizer quem pode e quem não pode disputar o pleito. E aí há uma discussão intensa nos bastidores envolvendo a aliança majoritária entre o Avante, da candidata Ione Barbosa, e o União Brasil.
Nos bastidores, a interpretação (e essa depende dos argumentos) é que há prazos que não teriam sido cumpridos, o que pode causar problemas para a candidata. No apagar das luzes da convenção municipal, na última segunda-feira, o União Brasil de Juiz de Fora decidiu pela neutralidade por não haver um nome a ser indicado, como eram os termos de uma deliberação da nacional, na qual diz que o partido faria alianças desde que fosse o cabeça de chapa ou indicasse o vice. No caso de Juiz de Fora, a indicação deu deserta. O partido fez uma segunda ata, horas depois, com o mesmo resultado. Ninguém se apresentou, o que teria levado a Executiva, então, a confirmar a neutralidade.
Na terça-feira, a Executiva Nacional emitiu nota decidindo que o partido iria, sim, se aliar a Ione e apontou o nome do professor Francisco Manfrini como vice. Só que a ata da neutralidade já estaria de posse da Justiça Eleitoral. Alguns especialistas ouvidos pelo Painel prenunciam problemas, pois os prazos, segundo eles, não teriam sido cumpridos, e o Ministério Público já estaria atento a essa questão. O jogo, pois, ainda não está totalmente definido. E mais. Se houver discussão jurídica, uma decisão de mérito não sai de uma hora para outra e a propaganda eleitoral no rádio e na televisão começa no dia 30 de agosto.