Pontos a considerar
Além de investirem nos votos dos demais candidatos, Bruno Siqueira e Margarida Salomão também vão trabalhar para reduzir, especialmente, a abstenção. A soma dos eleitores ausentes com os que anularam ou votaram em branco chega a expressivos 119.588 votos. Tão logo foram proclamados os resultados, os políticos que ficaram fora do segundo turno foram convidados a falar sobre o pleito. Agradeceram, mas nenhum deles quis antecipar como será o segundo turno. A exceção foi Victória Mello (PSTU), que já adiantou que não ficará com nenhum dos dois projetos. Noraldino Júnior disser ser cedo, mas espera o melhor para a cidade, enquanto Wilson da Rezato antecipou que vai discutir com o grupo. Ele afastou a possibilidade de disputar uma vaga em 2018, mas não descartou uma nova tentativa à Prefeitura em 2020. Já Lafayette saiu de cena desde a divulgação dos resultados.
Não disputou
A ex-vereadora Suely Reis (PDT) obteve apenas 26 votos, uma vez que desistiu da campanha logo na composição das coligações. “Eu só não renunciei à candidatura, porque não houve tempo, mas não fiz campanha alguma, e esses votos são de pessoas que desconheciam minha posição.” Ela apresentou duas razões para ter saído do páreo: a discordância com a coligação do seu partido com o PSD, com apoio à candidatura a prefeito de Lafayette Andrada, e a ausência do presidente do diretório do PDT, Vítor Valverde, que se dedicou mais à disputa de Belo Horizonte. “Quando disseram que iriam apoiar o Lafayette, eu desisti, e, para completar, o Vítor não apareceu.”
Novos deputados
A composição da Assembleia Legislativa vai mudar em decorrência das eleições de domingo. Os deputados Wander Borges e Deiró Marra, ambos do PSB, foram eleitos prefeitos de Sabará e Patrocínio respectivamente, cedendo suas vagas para os suplentes Coronel Piccinini, natural de Juiz de Fora, mas vereador em Belo Horizonte, e Gustavo Santana, irmão do deputado federal Bernardo Santana. As mudanças podem ir além, uma vez que os deputados João Leite (PSDB) e Paulo Lamac (Rede) foram para o segundo turno em Belo Horizonte. O tucano, como candidato a prefeito, e Lamac, por ser vice na chapa do empresário Alexandre Kalil.
Prévia para 2018
O discurso em território paulista já envolve a sucessão de 2018. No entendimento de próceres tucanos, ao emplacar o empresário João Dória como prefeito de São Paulo, já no primeiro turno, o governador Geraldo Alckmin se cacifou como principal candidato à Presidência da República. O deputado Marcus Pestana, um dos principais aliados do senador Aécio Neves, não vê o futuro sob essa mesma ótica. Para ele, a sucessão presidencial é outra discussão. “Mas isso será discutido no momento adequado. Cada eleição é uma eleição, tem seu contexto e sua história”, disse ele, ao destacar que o PSDB sai fortalecido nessa campanha. Questionado se o jogo entre Aécio e Alckmin, com a vitória de Dória, fica equilibrado para 2018, o deputado tucano rebateu: “O jogo não está equilibrado, porque isso não estava em jogo. É um equívoco. e a história está cheia de exemplos de achar que a eleição municipal é uma prévia das eleições gerais”.