Painel 01-10-2016

Por Paulo Cesar Magella

Números do Ibope

Os números do Ibope apontam para a repetição do segundo turno de 2012, quando os candidatos Bruno Siqueira e Margarida Salomão foram para as finais do pleito, culminando com a vitória do candidato do PMDB. O resultado não chegou a surpreender, pois desde a segunda rodada ambos vêm liderando as pesquisas, embora Margarida tenha largado na frente, e Bruno, empatado com Noraldino Júnior. No escalão intermediário é onde ocorre a disputa mais intensa, envolvendo os candidatos Noraldino (PSC) e Wilson da Rezato (PSB). O representante do PSC vem caindo nos números: começou com 18%, foi a 15% na segunda avaliação e agora chega às eleições com 12%. Ao contrário dele, o candidato do PSB está em curva ascendente. Começou com 7%, foi a 9% e agora está com 10%. O estilo agressivo do candidato Lafayette Andrada se mostrou um problema em vez de solução. Ele abriu a jornada com 3%, subiu para 5% e retornou ao ponto de partida, com 3%.

Advertência

A pesquisa também não causou surpresa dentro dos comitês. Em momento algum os candidatos Bruno Siqueira e Margarida Salomão deixaram de estar à frente, mas a ascensão do candidato à reeleição superou todas as expectativas. Margarida, durante a propaganda eleitoral, chegou a advertir sobre o uso indevido de pesquisas, referindo-se especialmente a sondagens não registradas que estavam sendo utilizadas para mostrar sua possível queda e a ameaça de ficar fora do segundo turno. Ela, pessoalmente, sabia que não havia esse risco, pois tinha dados consolidados em que Bruno e ela estariam bem à frente dos demais. Mesmo assim, advertiu para evitar as especulações.

Novo discurso

Os discursos, agora, mudam. Os candidatos que lideram vão mobilizar a militância para manter o pique na reta final, enquanto os demais vão adotar a máxima de que a pesquisa que vale é a do dia das eleições. Trata-se de uma forma bastante utilizada para não desanimar o grupo e, sobretudo, os candidatos. Nos últimos dias, já era visível a mudança de humor de alguns deles, sobretudo na intimidade dos seus birôs. As candidatas Victória (PSTU) e Maria Ângela (PSOL) mantêm o mesmo pique, pois apostaram no voto ideológico, próprio para marcarem sua posição.

Últimas fichas

Já sem a propaganda gratuita no rádio e na televisão, os candidatos têm neste sábado a última chance para se apresentarem aos eleitores. Desta vez, porém, com o corpo a corpo, que no Centro da cidade se explicita, sobretudo, no Calçadão da Rua Halfeld. A legislação também faculta passeatas e carreatas, ocasião em que os políticos tentam mostrar a força de suas campanhas. Sem recursos empresariais, que antes eram drenados para projetos de prefeito e vereador, os políticos, agora, precisam ser criativos para convencer os indecisos.

Michele Meireles

Michele Meireles

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