Quando o filme vira propaganda: cinema como ferramenta de marketing

O cinema vai além do entretenimento: é também uma poderosa ferramenta de marketing. Filmes como O Show de Truman e O Diabo Veste Prada revelam como o product placement, a mídia e a criação de tendências influenciam nossas escolhas de consumo. Entender essas estratégias ajuda profissionais a criar campanhas mais criativas, inovadoras e alinhadas ao público-alvo.

Por Jomara Costa

O marketing influencia todos os setores da nossa vida, desde qual cinto usar até qual carro comprar. E sendo presente em todos os setores, há sempre diferentes estratégias para serem usadas e induzir o consumo do público de diferentes formas e que são imperceptíveis para a maioria, e o mundo Hollywoodiano de filmes é um canal muito buscado e utilizado por marcas para este propósito.

 

É óbvia a crítica aos reality shows feita por “O Show de Truman: O Show da Vida”, evidenciando a forma como o público, ao mesmo tempo que adora e vibra pelo sucesso do personagem, o desumaniza a ponto de permitir que ele seja enganado pelo entretenimento alheio. Porém, além disso, o filme também aborda a manipulação da mídia usada para persuadir nossos gostos e escolhas, de forma consciente ou não, assim como fizeram com cada detalhe da vida de Truman, e o product placement/publicidade que busca ser de forma natural, mas muitas vezes não passa despercebido pelo público, e nem para Truman.

 

Assim, o filme se torna uma boa aula sobre o poder da mídia, na capacidade que ela tem de nos fazer se importar com o que ela decidir transmitir e de tomar as decisões por nós. Mostrando como o marketing digital é uma forma inteligente de aumentar a visibilidade do seu produto, desde que acompanhe uma campanha inovadora e bem direcionada para atrair a atenção do público-alvo e resultar em mais vendas.

 

Em “O Diabo Veste Prada” também é retratada a influência da mídia na criação de tendências, o que altera a forma como as pessoas agem e pensam e, portanto, o consumo. Isso é exibido na marcante cena do suéter azul celeste, na qual Miranda Priestly (Meryl Streep) fala como a escolha de designers famosos reverbera até no cotidiano de pessoas que assumem não ter nenhum vínculo com a moda. Toda escolha que fazemos é previamente selecionada por marcas, as quais já haviam feito as principais decisões – Qual o público-alvo? As propagandas estão os alcançando? Essa cor está em alta? Qual mensagem isso transmite? – e nos deixado com a ilusão da escolha. Por isso, o filme é um ótimo exemplo de como é necessário estar atualizado no que o público pensa e saber transformar essa informação no que eles gostariam de comprar quando for trabalhar na sua campanha, na escolha do produto e da sua apresentação.

 

Mesmo que não seja a ideia principal desses filmes, não há mal em interpretar seus acontecimentos e a forma como eles são percebidos pelo público por uma lente do marketing. É possível elaborar anúncios mais criativos e relevantes, pensar em novas formas de se conectar com o público e enxergar novas estratégias. Abrir a mente para novas possibilidades e estar sempre buscando aprender e se inspirar é essencial para ser um profissional do marketing capacitado e visionário. 

JOJO

 

Grupo Larch

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