Aprender, desaprender e reaprender: Conheça os princípios do Lifelong Learning

O acesso ao conhecimento nos rodeia a todo instante. A diferença, no entanto, está na forma como o encaramos e o absorvemos. Assim, é importante se perguntar: eu busco conhecimento por vontade própria ou faço isso apenas para não ficar de fora de alguma tendência?

Por Marcelle Larcher

Com as mudanças no consumo, no mercado de trabalho, e nas formas de aprendizado em consequência de medidas de segurança, é notável que o digital ganhou muito mais presença em todos esses meios.

A grande oferta de cursos, lives e webinars nunca havia sido tão difundida quanto neste momento. De acordo com um levantamento realizado pelo Google, a busca por cursos de especialização à distância teve um aumento de 130%, e segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), a adesão aos cursos online gratuitos aumentou 400%.

Com isso, consolidamos a ideia de que o modelo de ensino iniciado no século 20 – que prioriza apenas o desenvolvimento técnico – predomina até hoje, mas definitivamente não prepara ninguém para o mercado de trabalho e para a vida no século 21.

Com essas mudanças também percebemos que a escola já não é o único provedor de aprendizado, assim como a escolaridade é apenas um tipo de aprendizado entre diversas oportunidades de aprofundar conhecimentos e desenvolver habilidades.

Nesse sentido, dados como estes somados ao fato de que as empresas exigem cada vez mais conhecimentos de seus colaboradores, molda a forma como o trabalhador lida com o conhecimento, e a partir disso surge o conceito de Lifelong Learning (LLL).

O lifelong learning é um termo que, em tradução livre para o português, significa: “aprendizado ao longo da vida”. Ele defende que nunca é cedo, ou tarde demais, para se aprender algo novo, e que o conhecimento sempre se transforma, isto é, cada vez mais, adquirir e atualizar conhecimento fará parte do cotidiano das pessoas.

Desta forma, o indivíduo não deve se preocupar em datar o fim do seu processo de aprendizagem e, mesmo depois de conquistar diplomas, sejam eles do ensino básico, da faculdade ou da especialização, ele precisa adotar uma postura aberta e consciente de que o seu processo de estudo será contínuo, devendo aprender, desaprender e reaprender alguma coisa a todo instante.

No meio corporativo, essa prática fica cada vez mais alinhada ao que o mercado vem exigindo dos profissionais: que eles estejam sempre dispostos a aprender algo novo para conseguir acompanhar o ritmo intenso das transformações e do dinamismo que o afeta.

Autoconhecimento é a chave para o sucesso

Para melhor usufruir do conceito de lifelong learning, de modo que a aprendizagem contínua seja proveitosa e prazerosa, é preciso descobrir como funcionamos e o que faz sentido para nós.

Isto é possível a partir do “autoconhecimento profissional”, que vale para todas as pessoas, quem já está no mercado de trabalho, quem busca uma recolocação e quem esteja se inserindo ou se preparando para encarar novos desafios profissionais.

Este processo nada mais é do que conhecer suas potencialidades, além de pontos fortes e de melhoria que merecem ser trabalhados. Com as percepções acerca de si mesmo, fica mais fácil encontrar competências e habilidades que podem auxiliar na construção de uma carreira sólida e de sucesso.

Assim, o indivíduo também começa a identificar quais métodos de estudo são mais eficientes. Trata-se de um ponto importante, uma vez que, como dissemos, o modelo de ensino tradicional não contempla dinâmicas alternativas que favoreçam a aprendizagem de pessoas dos mais diferentes perfis, tornando a assimilação do conhecimento algo massivo, cansativo e pouco empolgante.

Quando uma pessoa encontra o seu jeito próprio de aprender, o lifelong learning se torna uma prática frequente, mas que muitas vezes não entendemos como uma prática que pode – e deve – ser utilizada em vários outros momentos da nossa vida. Ao adotar esse conceito, passamos a entender que precisamos nos reinventar com disposição e regularidade.

As tendências, as novidades e a tecnologia passam a fazer parte de um plano de aperfeiçoamento constante para quem adota o lifelong learning. Porém, o processo e o conteúdo não são apenas técnicos.

Quando falamos do aspecto comportamental e a capacidade de liderança, por exemplo, o processo de autoconhecimento profissional volta a ser igualmente importante. Ao revisitar suas competências, a pessoa consegue identificar mais facilmente quais pontos ela precisa desenvolver ou melhorar.

Todo esse esforço e comprometimento resultam no desenvolvimento de competências que influenciam diretamente no aumento das chances de prosperar profissionalmente, além de ter mais facilidade para acompanhar e corresponder às transformações do mundo, do mercado e da sociedade como todo.

No entanto, esse tipo de aprendizado não deve se restringir apenas a assuntos profissionais, muito pelo contrário, você deve ter independência para aprender sobre os mais diversos temas, desde aqueles relacionados à sua área de atuação, que você já conhece e quer se aprofundar, até temas completamente desconhecidos.

Seja qual for o assunto, é importante ressaltar que a prática do lifelong learning é essencial para o processo de aprendizagem. Se o assunto for uma nova habilidade ou um hobby, separe um tempo para ter a experiência prática deste novo conhecimento. E lembre-se: todo aprendizado gera valor e pode representar um impulso em sua carreira, além de aumentar seu currículo pessoal.

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