Para os ricos

Por Leandro Mazzini

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A gestão Jair Bolsonaro governa para ricos. É uma das principais radiografias reveladas na pesquisa que será divulgada nesta quinta (22) pela Confederação Nacional da Indústria. Para 77% dos brasileiros ouvidos, o Governo favorece os mais ricos, enquanto apenas 14% dizem que o Estado ajuda os mais pobres. De acordo com a pesquisa “Agenda de prioridades”, os mais abonados discordam: entre aqueles cuja renda familiar supera cinco salários-mínimos está o menor percentual de quem diz que o Governo favorece os mais abastados. A pesquisa elenca saúde, educação e geração de emprego como as pautas mais fundamentais na atuação do próximo presidente. Quando perguntados sobre as áreas que mais melhoraram nos últimos quatro anos, 42% dos entrevistados apontaram “nenhuma área” como resposta. Na sequência, aparecem educação e saúde, ambas com 7%, geração de emprego (6%), programas sociais (5%), infraestrutura/obras (5%) e segurança (4%). O Instituto FSB Pesquisa entrevistou pessoalmente 2.030 cidadãos com idade a partir de 16 anos, nas unidades da federação. A margem de erro no total da amostra é de 2 pontos percentuais.

Boom hoteleiro

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Divulgação/Pirenópolis

Está em alta o setor hoteleiro da não mais pacata Pirenópolis, cidade histórica cravada no Cerrado entre Brasília e Goiânia. Um levantamento desta semana da Prefeitura constatou um aumento de mais de 200% no registro oficial de casas de hospedagens e de pousadas do município em apenas três anos. Em 2019 eram 165 pousadas, e agora são 498. As casas de temporada passaram de 262 para 800 unidades no mesmo período.

Raça no mercado

Os principais empresários e governantes brasileiros são brancos. Um levantamento da plataforma da Vagas.com mostra que a participação da população negra é a menor nos níveis pleno, sênior, de gerência e diretoria. Segundo a pesquisa, os negros representam 3,6% dos cargos de nível pleno contra 5,5% dos brancos, e 4,6% dos amarelos. Na posição de diretoria a diferença é mais acentuada: 0,4% desses cargos são ocupados por negros enquanto os brancos aparecem com 1,1%, amarelos com 0,9% e indígenas (0,4%). Os negros só lideram posições operacionais (33,2%) e técnicas (6,3%).

O fator Malafaia

A ida do presidente Bolsonaro ao Reino Unido para o funeral da Rainha Elizabeth II acompanhado do pastor Silas Malafaia e da primeira dama movimentou as redes sociais, mas não de forma positiva. Dados da VoxRadar mostram que a viagem do presidente gerou mais 1,2 milhão de interações no Instagram, Facebook e Twitter. No Twitter, 53% das interações que associaram o presidente ao termo “rainha” foram negativas, 30% neutras e apenas 17% positivas. Já quando associado o termo “Malafaia” ao presidente, 70% das menções são negativas, 25% neutras e somente 5% positivas.

As eleições brasileiras estão movimentando o mundo (virtual) das notícias. Segundo levantamento da Nexis Newdesk foram contabilizados desde o início da campanha até dia 18 de setembro 14,7% de publicações sobre eleições com viés positivo, 13,5% de cunho negativo e 71,7% das notícias foram neutras. Desse total, 53% foram em português, 24,7% em inglês, 20,5% em espanhol e 1,7% em francês.

Dinheiro no país

O dinheiro começa a aparecer no país pós-pandemia. Segundo o Banco Central, os Investimentos Estrangeiros Diretos no Brasil até maio de 2022 saltaram 52% face aos recursos recebidos no mesmo período de 2021. O IDP acumulado nesse período foi de US$ 57,8 bilhões ante US$ 47,3 bilhões no mesmo período do ano anterior. O estado de São Paulo é um dos destinos principais dos investimentos – nos últimos três anos recebeu pelo menos R$ 20 bilhões.

Leandro Mazzini

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