Unidos pelas emendas

Por Leandro Mazzini

A liberação de emendas parlamentares cresceu consideravelmente depois que o Governo de Jair Bolsonaro (PL) se associou ao Centrão. Durante a campanha de 2018, o mandatário chegou a classificar o bloco partidário – historicamente fisiológico – de “o que há de pior”. No primeiro ano de Governo, em 2019, Bolsonaro resistiu ao “toma lá, dá cá” e liberou pouco mais de R$ 9 bilhões em emendas. No ano seguinte – ameaçado por pedidos de impeachment e para “segurar a governabilidade” -, o presidente abriu o cofre: quase R$ 22 bilhões em emendas.

Salto

E em 2021, os recursos públicos liberados para deputados e senadores saltaram para mais de R$ 25 bi. Os dados são do Siga Brasil, portal do orçamento do Senado Federal.

Intocáveis

Conforme registrado pela Coluna, as emendas parlamentares serão, por ora, poupadas dos cortes orçamentários. Ontem, o Governo anunciou a tesourada de R$ 8,2 bi. Dinheiro que iria para a saúde, educação e ciência e tecnologia.

“Lealdade”

Presidente da Caixa, Pedro Guimarães poderá ser recompensado pela lealdade bajulatória ao presidente Bolsonaro. É cotado para chefiar o Ministério do Desenvolvimento Regional no eventual segundo governo do ex-capitão.

Mobilização

A Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF) realiza nesta quarta (31) mobilização em Brasília. Até ontem, o tema era pela valorização dos policiais e pela reestruturação da carreira, mas com a repercussão negativa do caso Genivaldo Santos – morto após abordagem de três agentes -, foi modificado para valorização da vida e da sociedade.

Mobilização 2

A corporação conta atualmente com cerca de 12 mil policiais rodoviários federais, entre aposentados e na ativa. Cerca de 1.500, que estarão de folga, são esperados para a mobilização.

Auditagem

Diante da dissonância dos números das últimas sondagens eleitorais, advogados do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, estudam pedir auditagem das pesquisas registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e divulgadas nos últimos dias. O assunto, por ora, é tratado com discrição. À Coluna, o partido diz que “não há, ainda, nada oficial sobre esse assunto”.

Destino

Esfriou a tentativa de aproximação entre os presidenciáveis Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB). Eles chegaram a trocar elogios, afagos e até sinalizaram possibilidade de dobradinha. Mas a breve “lua de mel” acabou e Ciro tem dito que a senadora terá o mesmo destino dos escanteados pela terceira via, com Sergio Moro e João Doria.

Plano$

O diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Paulo Rebello, é esperado nos próximos dias na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado para dar explicações sobre o reajuste de 15,5% nos planos de saúde individuais e coletivos.

Inviável

“É o maior aumento desde 2000, em plena crise da pandemia de Covid-19. É inviável que se pretenda estabelecer a cobrança dos valores majorados”, sublinha o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) no requerimento – de convite ao diretor da ANS – aprovado por unanimidade pelo colegiado.

Volks

O Ministério Público do Trabalho convocou a Volkswagen do Brasil para audiência, em 14 de junho, para discutir a responsabilização de trabalho escravo, ocorrido nas décadas de 70 e 80, em fazenda da empresa no Pará. A denúncia foi apresentada ao MPT pelo padre Ricardo Rezende Figueira, coordenador de grupo de pesquisa sobre trabalho escravo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Remoto

Análise do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada mostra que cerca de 20,4 milhões de pessoas encontram-se em ocupações passíveis de serem realizadas de forma remota, o que representa 24,1% do total de pessoas ocupadas no mercado de trabalho brasileiro no horizonte da pesquisa.

Leandro Mazzini

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