A música é chiclete e agarra na cabeça da gente. Não é verdade? Mas, e a curiosidade para experimentar o tal do tacacá? Igualmente ficou povoando minha cabeça até que o meu amigo e professor Elpídio me parou pelos corredores da escola em que trabalhamos e lançou essa: vai tomar um tacacá hoje lá no Reza?
Pois na semana passada, e novamente nesta última quinta feira, o tacacá, prato típico do Pará, apareceu ao som de Joelma ecoando em nossa mente, no querido Reza Forte, premiadíssimo e competente botequim do Bairro Jardim Glória. Ô sorte, como diria outro amigo meu, o sambista Carlos Fernando Cunha, habitué desse digníssimo botequim!
Pois assim que soube já mandei um direct pro Pedro e pro Hugo, responsáveis pela casa, pedindo para me explicarem o prato, e como eles são ótimos e sabem tudo de comida, estudiosos e gabaritados, nem vou me dar o trabalho de mudar uma vírgula desta descrição, leia aí:
“Típico da região norte do Brasil e mais especialmente apreciado pelas ruas da capital paraense, o famoso tacacá tem jambu cozido, tucupi infusionado em diversos temperos (como a chicória-do-Pará, ou “coentrão”, como chamamos cá pro sul), goma de tapioca e camarão. É servido em sua cuia tradicional, geralmente apoiada sobre um pequeno cesto, que ajuda a equilibrar o recipiente.
Nela, é colocada uma concha da goma , com textura gelatinosa, muito rica em amido. Em seguida, uma concha do tucupi temperado, bem quente. Então, mais uma concha de goma e outra de tucupi. Finaliza-se com camarões selados ou secos, já dessalgados, e folhas de jambu cozidas.
Para comer, é importante “cortar” o tacacá, que nada mais é que, usando o clássico palito ou garfinho de madeira, o ato de mexer os fluidos dentro da cuia, para que a goma e o tucupi se misturem e criem uma unidade mais espessa. Toma-se o caldo virando a cuia na boca e, com o palito, é só espetar os camarões e os ramos de jambu. O sabor é único, adstringente e “agitado” na boca. Não tem nada que se assemelhe.”
Bem, se você chegou até aqui na leitura desta coluna e já está salivando, como aconteceu comigo, dê uma bela olhada nas fotos para aumentar sua vontade e fique atento: o prato não é fixo no cardápio, depende das folhas frescas de jambu chegarem ao Reza e, portanto, a dica agora é seguir o perfil @orezaforte no Instagram e se preparar para, na próxima panelada, aparecer por lá para tomar um tacacá, ao som do Calypso da rainha Joelma. Vamos Juntos?!
Endereço: Rua Dr. João Pinheiro, 356 – Jardim Glória
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