A nova face do turismo brasileiro

Por Kamylla Correia e Marcos Sena

Desde o início da pandemia, um dos setores mais prejudicados, neste período, foi o setor de turismo. De acordo com a Organização Mundial do Turismo (OMT), a perda do setor, em 2020, foi superior a R$2 trilhões. Entretanto, com o fim dos isolamentos sociais e a retomada das rotinas diárias da sociedade, a espera pela melhora desse setor é grande, mesmo com a nova realidade econômica do país.

Segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em junho de 2022, o índice de volume de atividades turísticas no Brasil apresentou expansão de 25,9%, quando comparado a junho de 2021, sendo impulsionado, principalmente, pelo aumento na receita de empresas que atuam nos ramos de restaurantes, locação de automóveis, hotéis, rodoviário coletivo de passageiros, serviços de bufê e transporte aéreo.

Um levantamento realizado pelo Ministério do Turismo e o IBGE mostra que, em 2021, cerca de 57% das viagens realizadas no período de pandemia foram feitas por meio de carros particulares e ônibus, evidenciando um novo comportamento da sociedade, que vem valorizando o turismo regional. Diante dessa propensão a destinos mais próximos, a Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA) iniciou a campanha “Turismo Regional, os melhores destinos estão perto de você”, como forma de incentivo a viagens de até 300 quilômetros de distância, visando ao fortalecimento do turismo regional e a retomada turística do país. Além disso, espera-se um grande salto econômico no setor turístico, principalmente no Rio de Janeiro, com a realização do festival “Rock in Rio”. Segundo a Rio Convention & Visitors Bureau (Rio CVB), há uma expectativa de faturamento de mais de R$ 800 milhões, visto que o evento é um dos maiores festivais do mundo.

Para se ter uma ideia, a Confederação Nacional do Comércio (CNC) publicou relatório em que revisa de 3,5% para 4,3% sua expectativa de variação em termos de geração de receitas, na comparação ao ano passado, levando em conta a tendência de atendimento à demanda reprimida dos últimos anos, especialmente na próxima alta temporada. O incentivo a uma nova cara do turismo para os brasileiros, combinado com grandes eventos, como festivais, festas de fim de ano e carnaval, é o que caracteriza a esperança para um aumento exponencial do turismo no Brasil, trazendo consigo uma contribuição para uma economia pós pandemia.

 

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