Presença de substância na uva pode evitar o avanço de tumores
Em artigo publicado na revista OncoTarget (www.oncotarget.com), pesquisadores brasileiros relatam sobre um promissor agente quimiopreventivo de câncer: o resveratrol. Trata-se de um composto fenólico, produzido naturalmente por determinados alimentos (uva vermelha, blueberry, pistache e casca de amendoim) com a finalidade de proteção dos mesmos contra os ataques de bactérias, fungos e outros agentes patógenos.
O câncer é uma doença agressiva e em muitos casos o diagnóstico é feito quando a doença já está em um estágio avançado, o que dificulta o tratamento e causa mais sofrimento ao paciente, também consumindo mais recursos e onerando os valores. Portanto, as pesquisas relacionadas ao tema são muito bem-vindas.
A doença é responsável por afetar milhões de pessoa, sendo a principal causa de morte no mundo. Determinados países podem apresentar situações peculiares, em virtude de hábitos e condições ambientais específicas. Estimativas revelam que cerca de 13 milhões de mortes relacionadas ao câncer devem ocorrer anualmente até 2030. Ou seja, um grave problema de saúde pública e que demanda uma série de ações de todos os envolvidos na área da saúde.
A proteína P53, que segundo especialistas pode ser considerada “guardiã do genoma”, pois evita a propagação de células “defeituosas”, é um supressor tumoral fundamental na prevenção do desenvolvimento do câncer. Quando ocorre uma mutação na P53, possibilita o desenvolvimento de câncer, em função de potencialmente agravar a malignidade. No estudo, o resveratrol reduziu significativamente as capacidades proliferativas e migratórias das células cancerosas, sendo capaz pode prevenir as mutações na P53.
O resveratrol também é conhecido em função de variados benefícios para a nossa saúde, tais como: diminui a resistência insulínica, ação anti-inflamatória, auxilia na proteção do DNA celular, tem ação preventiva para doenças cardiovasculares e também AVC, pode ser usado no tratamento para amenizar os sinais de idade e atenuar os efeitos do envelhecimento natural. Além disso, auxilia no controle da pressão arterial, protege as células nervosas e pode ser mais um aliado no combate ao Alzheimer.
Muitas pesquisas e estudos ainda serão feitos tanto para aprofundar os conhecimentos quanto para definir as quantidades de resveratrol necessárias para obter os efeitos desejados nas mais variadas situações e consolidarmos um importante produto quimioterápico.