35° aniversário do CDDH/JF
O amadurecimento da ideia de criação de uma entidade que defendesse os direitos humanos, semelhante à que existia em Petrópolis/RJ, se deu em uma viagem de pe. Jaime Snoek com o médico Celso Matias ao Rio de Janeiro de 1980. Um grupo de católicos militantes, após diversas reuniões realizadas na Igreja da Glória, decidiu fundar o Centro de Defesa dos Direitos Humanos da Arquidiocese de Juiz de Fora (CDDH/JF) em 15 de outubro do mesmo ano, filiado ao Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH).
Com 35 anos de participação na história de nossa cidade, temos o que comemorar neste aniversário. A perenidade desta organização está ligada à contribuição de seus associados contribuintes e voluntários, aos funcionários do presente e do passado, ao patrocínio da ONG alemã Misereor, ao apoio da Arquidiocese de Juiz de Fora e aos inúmeros parceiros.
Ao longo de nossa história, temos procurado estar presentes nos fóruns e demais espaços que agem em defesa dos direitos humanos. Escolhemos estar nos conselhos municipais: saúde, educação, criança e adolescente, mulher, idoso, população negra, segurança alimentar, antidrogas, habitação e política urbana. Contribuímos para a reinstalação do Conselho da Comunidade em Execução Penal da Comarca de Juiz de Fora, em 2010.
Além disso, nos últimos anos, contamos com a instalação do Escritório Jurídico em Defesa dos Direitos Humanos, que surgiu com o intuito de atender uma demanda específica do cotidiano da entidade, visando possibilitar que os indivíduos lesados em seus direitos pudessem procurar o órgão estatal competente para resolução de suas respectivas aflições. O Escritório Jurídico passou a ter como função a devida orientação da população e de segmentos dos movimentos sociais para que pudessem também ter colhimento nos órgãos jurisdicionais do Estado, como o Ministério Público.
A verdade é que não foram poucas as dificuldades enfrentadas em todos esses anos de história, e não são menores os obstáculos que precisamos vencer na atualidade, mas não podemos ignorar os avanços e a importância de se existir um contraponto à política aparentemente majoritária, seguindo em defesa das minorias e dos direitos mais básicos da humanidade. Sendo assim, com muita esperança e persistência, ao completarmos 35 anos de história, esperamos ultrapassar toda e qualquer barreira que se coloque entre o agora e uma sociedade cada vez mais justa, igualitária e fraterna.