OAB – Ação para a cidadania
Temos conversado com alguns colegas da advocacia, e todos são unânimes em destacar que a participação da OAB é indispensável neste momento crítico do país. A Ordem dos Advogados do Brasil sempre foi proativa nas situações mais cruciais da nação. E não é por acaso. O advogado é um agente fundamental da justiça. E justiça, sabemos, é o equilíbrio do sistema. Por isso, a célebre frase: “sem advogado, não há justiça; sem justiça, não há democracia”.
A OAB, como entidade representativa da advocacia, não pode e não deve se manter inerte diante do quadro social, econômico e político que vivenciamos. A Constituição da República e a Lei Federal 8.906/94 preveem que o advogado, indispensável à administração da Justiça, tem o dever de defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado democrático de direito, a cidadania, a justiça social.
Depois de um dia estafante de trabalho, folheei o jornal, e o que acontecia ao meu redor era desgoverno, corrupção, intolerância, violência, o caos. Involuntariamente, desviei o olhar para um quadro de Themis, que há na parede da minha sala. Veio-me à cabeça, então, o pensamento de que é hora de assumirmos nosso protagonismo na defesa dos interesses sociais, intermediando o diálogo entre Poder Público e sociedade, com a firmeza, a coragem, a temperança e o equilíbrio que o momento exige, pois, fora dessas referências, tudo se deforma.
Parece lugar comum, mas é um sentimento honesto. Temos que praticar a democracia em todas as ocasiões da nossa vida civil. E não tenhamos medo de acertos ou erros. É na prática que corrigimos os rumos. A imobilidade é o nosso atual inimigo. Se tivermos uma experiência local forte, viva, efetiva, seremos exemplo para toda a comunidade.
Assim, como profissional que busca o justo, o equilíbrio, vejo a imperiosa necessidade de a OAB assumir sua função institucional em prol da cidadania, objetivando apoiar a sociedade na defesa da honradez e da dignidade. E, para nossa voz ser ouvida, precisamos ser exemplares.