OLHAR NO FUTURO
A iniciativa da Associação Comercial de promover um café parlamentar temático, voltado para a questão do Parque Tecnológico, foi positiva sob todos os aspectos, mas, principalmente, por dar espaço para uma discussão que se desenvolvia basicamente no espaço acadêmico, com discreta participação da instância política. O empreendimento, que já tem recursos iniciais empenhados, ainda carece de novos aportes, para consolidação de sua primeira etapa. E é aí que entram os parlamentares.
A despeito do cenário econômico, que leva o Governo a tomar medidas drásticas, como o contingenciamento de verbas e até mesmo a apresentar um orçamento que tem despesas sem previsão de receita no mesmo patamar, é fundamental que os agentes políticos façam a sua parte, usando de suas prerrogativas para pressionar os gabinetes adequados a investirem no parque.
A aposta não significa apenas liberar recursos, mas entender a importância do projeto que faz parte de um pacote que o país só agora começa a discutir detalhadamente. Recentemente, o secretário-executivo da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Daniel Vargas, visitou representantes do setor produtivo para descobrir as carências do setor. Ouviu o que já sabia de sua experiência em Harvard, nos Estados Unidos: o país precisa apostar no empreendedorismo e na inovação, exatamente o que o projeto propõe.
A estrutura física pleiteada é apenas a parte inicial de um programa que precisará de respaldo permanente, a fim de dar guarida para debates sobre o futuro. O sucesso das grandes economias não é só o seu presente, mas sim a aposta que fizeram no futuro. Os empreendedores têm ideias, mas nem sempre têm recursos ou meios de ir adiante. Reverter essa perspectiva é o que pretende ser o Parque Tecnológico.