VELHO TRAÇADO


Por Tribuna

19/08/2015 às 07h00- Atualizada 19/08/2015 às 09h46

O projeto de ligação entre as rodovias BR-040 e MG-353, para facilitar o acesso ao Aeroporto Regional Itamar Franco, servindo também de anel rodoviário para tirar o tráfego pesado da área urbana de Juiz de Fora, só produzirá efeito se forem feitos investimentos complementares, pois não basta a conexão das duas vias para otimizar o acesso ao terminal aeroviário, ainda mais se houver sua consolidação de polo de desembaraço para a indústria. O traçado antigo e sinuoso, a despeito dos radares, continua sendo um problema crônico. Na segunda-feira, um acidente envolvendo dois veículos de passeio culminou com a morte de um idoso que estava no táxi que o trazia para Juiz de Fora. Há cerca de uma semana, uma mulher de 52 anos também morreu em acidente na mesma região.

A fatalidade é apenas a face de uma série de ocorrências que têm marcado a MG-353, onde há uma combinação de abusos e pista comprometida. Na Serra do Bananal, próxima a Coronel Pacheco, há vários pontos cegos, resultado da pista estreita, curvas acentuadas e sem áreas de ultrapassagem. Como o número de veículos se acentua a cada ano, os riscos também se ampliam, o que exige uma nova discussão sobre o trecho.

Quando da instalação do aeroporto entre as cidades de Goianá e Rio Novo, foi dito que a via de acesso seria duplicada, o que até hoje não saiu do papel. Depois de Itamar, já passaram pelo Palácio mais quatro governadores (Aécio Neves, Antonio Anastasia, Alberto Pinto Coelho e Fernando Pimentel), sem que o trecho, salvo a ligação com a BR-040, receba as esperadas obras.

Trata-se de mais um tema para a agenda das lideranças políticas, empresariais e comunitárias da região que, recentemente, participaram do Fórum Regional elaborado pelo Governo do estado. No item acessibilidade, a MG-353 merece prioridade.

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