Visita do Papa


Por EQUIPE IGREJA EM MARCHA, GRUPO DE LEIGOS CATÓLICOS

18/07/2015 às 07h00

No início deste mês, recebemos a visita do Papa Francisco em nossa pátria grande latino-americana e caribenha. Foi um clima de reencontro feliz. Dentre todos os pronunciamentos aqui feitos por Francisco, creio que o mais rico para nós, leigos, foi o proferido aos movimentos sociais, no dia 9, em Santa Cruz de La Sierra. Não é possível transcrevê-lo aqui, mas o seu roteiro é precioso para nossa ação no mundo:

1. “Reconhecemos nós que as coisas não andam bem num mundo onde há tantos camponeses sem terra, tantas famílias sem teto, tantos trabalhadores sem direitos, tantas pessoas feridas na sua dignidade? Então digamo-lo sem medo: Precisamos e queremos uma mudança.”

2. “Vós sois semeadores de mudança. Aqui, na Bolívia, ouvi uma frase de que gosto muito: ‘processo de mudança’. Porque ‘vimos e ouvimos’, não a fria estatística, mas as feridas da humanidade dolorida, as nossas feridas, a nossa carne. Isto é muito diferente da teorização abstrata ou da indignação elegante.”

3. Por último, gostaria que refletíssemos juntos sobre algumas tarefas importantes.

3.1 A primeira tarefa é pôr a economia ao serviço dos povos.

A justa distribuição dos frutos da terra e do trabalho humano não é mera filantropia. É um dever moral. Para os cristãos, o encargo é ainda mais forte: é um mandamento. Trata-se de devolver aos pobres e às pessoas o que lhes pertence.

3.2 A segunda tarefa é unir os nossos povos no caminho da paz e da justiça. A Pátria Grande!

Digamos não às velhas e novas formas de colonialismo. Digamos sim ao encontro entre povos e culturas. Bem-aventurados os que trabalham pela paz.

Peço humildemente perdão não só para as ofensas da própria Igreja mas também para os crimes contra os povos nativos durante a chamada conquista da América.

3.3 A terceira tarefa, e talvez a mais importante que devemos assumir hoje, é defender a Mãe Terra. A casa comum de todos nós está a ser saqueada, devastada, vexada impunemente. A covardia em defendê-la é um pecado grave.

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