A vitalidade do agronegócio brasileiro


Por ANTÔNIO JORGE DE SOUZA MARQUES, DEPUTADO ESTADUAL

17/07/2015 às 07h00

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) completou este ano 42 anos. Com sede em Brasília, 46 unidades descentralizadas e escritórios espalhados de Norte a Sul do país – dentre eles, Juiz de Fora, vocacionada ao agronegócio do leite -, tantos anos de história deveriam ser, para todos os brasileiros, uma oportunidade para reconhecermos os avanços conquistados graças ao trabalho dessa empresa. Notícias, como os superávits da balança e os avanços no setor, são, acima de tudo, resultado do labor de seus colaboradores e de todo o esforço feito na pesquisa.

É cada vez mais central a percepção de que, seja no Brasil ou no mundo, a agricultura é essencial. Primeiro pelo motivo mais óbvio, o da sobrevivência, afinal, precisamos garantir alimento às pessoas, aos grandes contingentes populacionais. Nesse sentido, a pesquisa se torna fundamental para que tenhamos produtividade e custo-benefício nessa área tão crítica para toda a humanidade. Por outro lado, o agronegócio é fundamental para a balança comercial. Se não fosse esse setor da economia, a competitividade brasileira no mercado mundial, frente à crise que hoje vivemos, teria nos assolado de forma muito mais impactante.

Em 2014, um balanço apresentado pela Embrapa mostrou que, para cada real aplicado pelo Governo federal na empresa, foram gerados R$ 8,53 de benefícios para a sociedade. Ao mesmo tempo, quando são analisados os aspectos sociais e econômicos em relação aos recursos investidos ao longo das ultimas décadas, os resultados indicam uma rentabilidade bilionária para toda a nação brasileira.

Graças ao trabalho da Embrapa, a agropecuária brasileira é uma das mais eficientes e sustentáveis do planeta. Por meio dela, uma larga área de terras degradadas dos cerrados foi incorporada aos sistemas produtivos e hoje são responsáveis por quase 50% dos grãos produzidos pela empresa. Dados divulgados recentemente mostraram que, em relação à carne bovina e suína, a Embrapa conseguiu quadruplicar a oferta, e, no caso do frango, esses números saltam para 22 vezes. Esses são apenas alguns exemplos que fizeram com que o Brasil saísse da condição de importador de alimentos básicos para se tornar um dos maiores produtores e exportadores mundiais.

Por tudo isso, não podemos nos omitir diante da sinalização do Governo federal de corte de investimentos nas pesquisas e na subtração dos direitos dos trabalhadores da Embrapa. Como parlamentar e, sobretudo, como cidadão brasileiro, precisamos nos unir para dizer que a pesquisa precisa avançar, a Embrapa precisa avançar, e seus trabalhadores precisam ser preservados.

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