Empresário é preso com pasta base de cocaína
Atualizada às 20h30
Um empresário de 29 anos, que seria proprietário de uma empresa de ônibus para fretamento de turismo, foi preso em flagrante com cerca de 30kg de pasta base de cocaína durante operação desencadeada pela Delegacia Especializada Antidrogas de Juiz de Fora, na madrugada de quinta-feira. Outro homem, 25, também foi capturado na manobra por suspeita de ter feito a entrega do entorpecente e ainda ter sido flagrado com uma porção de cocaína. A Polícia Civil acredita que a empresa, situada na Zona Leste, era usada para lavar dinheiro do tráfico. A droga apreendida está avaliada, depois de refinada, em cerca de R$ 1,5 milhão.
Segundo o delegado da Antidrogas, Rogério Woyame, as investigações duraram cerca de dois meses e teriam comprovado que o empresário era o dono das drogas e as repassava, ainda em estado bruto, para outras pessoas na cidade. Ele foi preso quando chegava em um Volkswagen Golf à garagem da empresa. No carro, foram encontrados 30 tabletes de pasta base de cocaína.
Já no Bairro Santa Cecília, Zona Sul, os policiais prenderam o homem, 25, que teria entregado a droga ao empresário. Com ele foram apreendidos meio tablete de pasta base, que teria sido pago pelo trabalho da entrega do entorpecente, e porções de crack e cocaína. O carro deste suspeito também foi apreendido. Ainda foram recolhidos vários celulares, documentação bancária e referente à firma, além de mais de R$ 2 mil.
Além dos dois veículos, foram apreendidos três ônibus e um caminhão guincho pertencentes à firma de transporte de passageiros. “Conseguimos levantar que o guincho era usado para fazer entrega da droga na cidade, justamente por ser um veículo que não levantava suspeita”, comentou o delegado. Conforme Woyame, a polícia investiga ainda se os ônibus foram utilizados para transporte de droga. ” Estes ônibus rodavam o Brasil todo, e existe a possibilidade de a droga já ter chegado à cidade dentro deles”, disse.
As drogas apreendidas ontem teriam vindo de São Paulo. Segundo Woyame, elas poderiam render até 150 kg depois de refinadas. “Vamos apurar quem trouxe a pasta base para a cidade e os compradores deste empresário. Desta forma, vamos conseguir desarticular um braço de distribuição de drogas”, destacou o delegado.
Lavagem de dinheiro
Rogério Woyame destacou ainda que as investigações acerca do esquema de venda de drogas continuam. Um dos pontos que a polícia quer esclarecer é se a empresa era usada para a lavagem de dinheiro. “A empresa facilitou para o suspeito realizar a atividade criminosa, pois não levantava suspeita. Vamos dar início agora a levantamentos sobre a firma: saber se ela se sustenta com as atividades que realiza, se foi adquirida com dinheiro lícito, entre outras coisas. Há indícios de que ela era usada para lavar dinheiro do tráfico”, comentou.