Estelionato afetivo: dupla é acusada de aplicar golpe em idosa de 61 anos

Vítima fez empréstimo de R$ 40 mil e transferiu a quantia para golpista


Por Pedro Moysés

29/04/2025 às 18h19

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) indiciou dois suspeitos pela prática de estelionato afetivo, em Barbacena, cidade a 98 quilômetros de Juiz de Fora. A dupla ainda teve as contas bloqueadas e foi realizada a recuperação do valor do empréstimo feito no nome da vítima, uma mulher de 65 anos. O inquérito foi concluído nesta semana.

Segundo a Polícia Civil, a vítima conheceu um dos suspeitos por meio de uma rede social de relacionamentos e acabou desenvolvendo um vínculo afetivo virtual. O investigado, morador do estado do Rio de Janeiro, manipulou a vítima emocionalmente através de promessas de casamento, inclusive realizando videochamadas em que a apresentava a dois idosos, dizendo que seriam seus futuros sogros. Como parte da fraudes, ele ainda prometeu doar uma suposta herança dele para a vítima. 

Após meses de conversa por meio de rede social e aplicativo de mensagens, o investigado foi até a cidade de Barbacena, acompanhado de um segundo envolvido, e realizou um empréstimo no valor de R$ 40 mil no nome da idosa, transferindo a quantia para uma terceira pessoa logo em seguida. 

Dupla teria aplicado golpe em outros estados

Durante as investigações, a equipe de policiais civis responsável pelo caso apurou que os investigados vinham aplicando golpes da mesma natureza em diversos estados como Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo e, recentemente, no estado do Paraná, onde também tiveram suas prisões decretadas por vitimar outra idosa. 

O inquérito policial foi concluído e encaminhado ao Poder Judiciário, que determinou o bloqueio de 30 contas bancárias vinculadas aos suspeitos e o sequestro do valor de R$ 40 mil nas contas dos investigados. Além disso, foram autorizados o impedimento do veículo utilizado no crime e a quebra de sigilo do IP utilizado na rede social. Também foram expedidos mandados de prisão preventiva em desfavor dos investigados, que atualmente estão presos em Santa Catarina, à disposição da Justiça. 

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