Ibiti Projeto cria jornal impresso para perpetuar histórias

Jornalistas comentam, em podcast da Rádio Transamérica, como as mídias físicas, como o Ibiti Journal, se propõem a ser uma alternativa duradoura ao efêmero digital, abordando questões ambientais e outros temas relevantes


Por Tribuna

10/11/2024 às 06h00

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(Foto: Reprodução)

Em um contexto em que as mídias digitais dominam, e tudo acontece de forma rápida e efêmera, o Ibiti Journal surgiu como uma alternativa, oferecendo uma experiência fora do universo digital. Publicado fisicamente pelo Ibiti Projeto, uma iniciativa socioambiental experimental dedicada à preservação dos seres vivos e do planeta, localizada em Lima Duarte, a 60 quilômetros de Juiz de Fora, o jornal busca proporcionar uma abordagem mais profunda e reflexiva.

Isabel Pequeno, jornalista e uma das idealizadoras dessa proposta, foi convidada no podcast da Rádio Transamérica. A jornalista comenta que essa iniciativa se propõe a oferecer mais do que apenas notícias rápidas. O Ibiti Journal, que circula semestralmente, visa não só a registrar eventos, mas também preservar a memória do projeto, dando espaço para reflexões duradouras, com a tentativa de quebrar o consumo acelerado dos conteúdos on-line. 

A edição semestral também se conecta diretamente com o conceito de “viagem no tempo”.  Ao trazer temas de relevância ambiental, o Ibiti Journal se posiciona como um espaço de reflexão sobre o presente e o futuro, onde a preservação ambiental e o compromisso com  a sustentabilidade são peças chave. “A ideia é, em grande parte, um reflexo do espírito do Ibiti Projeto, que tem como pilares a regeneração ambiental e a promoção de práticas sustentáveis”, diz a jornalista, mencionando “bandeiras” comuns à publicação e ao Ibiti Projeto, como o veganismo, a economia circular e o empreendedorismo local.

Isabel ainda comenta que as pautas são moldadas de forma dinâmica, com a equipe atenta aos eventos e descobertas mais recentes, mas sempre com o objetivo de oferecer uma abordagem completa e atenta.

Por fim, os profissionais discutem o conceito de “Amor Radical”, uma das principais bandeiras do projeto, inspirado pelo ativista Satish Kumar. Esse movimento defende o respeito e o amor mútuo, buscando promover um ambiente mais saudável, mesmo diante das divergências de opinião. “O objetivo é superar essa hostilidade presente nas redes sociais, a amar as pessoas, até quem você não gosta, o que é difícil, mas é um exercício”, conta ela sobre o ideal, que busca incentivar o diálogo construtivo e a convivência harmoniosa, apesar das contradições ideológicas. 

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