Economia de oportunidades


Por CÉLIO FARIA DE PAULA - CONTADOR

06/02/2015 às 07h00

O ano que passou foi, sem dúvidas, um daqueles que devemos esquecer, extraindo dele as lições para nossa sobrevivência em todos os segmentos de nossa existência. Derrotas acachapantes nos gramados de futebol proporcionaram tristezas que levaremos ao fim de nossos dias, o mesmo acontecendo no campo político. Levamos também de goleada nos jogos decisivos a solução dos problemas da educação e da saúde. As modestas vitórias foram encobertas pelos escândalos de corrupção.

Herdamos uma economia enfraquecida, não há o que contestar. Todavia, não podemos tratar a dimensão de seus efeitos baseados apenas em números ou estatísticas. Essas crises anunciadas existem, mas elas não são hegemônicas. Num país de dimensão continental como o nosso, há uma diversidade na realidade dos negócios que não se comportam segundo um plano estabelecido. Devemos nos convencer de que a economia não é um produto pronto e acabado e seus desdobramentos positivos ou negativos sempre fizeram parte de nossas vidas.

Tecnicamente, há evidências de dificuldades e sobressaltos, mas é preciso trabalhar também com a porção intangível e criativa do empreendedorismo. Esse jogo de luzes sobre novas possibilidades não pode ser um devaneio, deve ser desenvolvido com os pés bem plantados no chão. Um porto seguro será recorrer às informações contábeis e de qualidade de suas empresas, avaliando os resultados econômicos e financeiros e ainda a evolução das contas patrimoniais.

Um reforço na administração de custos é uma providência essencial nessa fase de adaptação, em que uma economia de crises deve evoluir para uma frenética busca de novas oportunidades. Seja qual for a decisão sobre o rumo a tomar, certamente ela deve se fundar no apoio da equipe, pois, sem profissionais competentes e focados na solução dos impasses, nenhum empresário conseguirá se superar

Só tem a ganhar a empresa, ou mesmo qualquer pessoa física, que faz essa preparação, alternando prioridades quando for necessário na economia de oportunidades, consolidando sua identidade junto ao consumidor, não se afastando jamais da qualidade e do bom atendimento aos seus clientes.

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