Área de queimadas no Brasil já equivale a mais de 3 milhões de campos de futebol

Coordenadora de pesquisa apontou mudanças climáticas como causa de crise das queimadas no país


Por Pâmela Costa

11/10/2024 às 13h23- Atualizada 11/10/2024 às 13h38

Nos primeiros nove meses deste ano, o Brasil teve 22,38 milhões de hectares queimados por incêndios  – uma área que corresponde a 3.333.333 campos de futebol (três milhões, trezentos e trinta e três mil, trezentos e trinta e três). O levantamento é do MapBiomas, no Monitor do Fogo, divulgado nesta sexta-feira (11), pela Agência Brasil. O relatório aponta também que, em outubro, esses números podem continuar a crescer. Isto porque o histórico revela que as queimadas costumam aumentar neste mês, mas isso depende de “condições climáticas e outros fatores ambientais”, conforme destaca o documento.

Parte destas queimadas se concentraram no mês de setembro, que teve 10,65 milhões de hectares atingidos. Outra observação sobre essa taxa é o crescimento significativo, de cerca de 150% a mais do que o mesmo período de 2023.  A mata Atlântica, que é o bioma presente em Juiz de Fora e em outras cidades do país, teve 896 mil hectares afetados pelas chamas. Para ilustrar, isso seria de uma dimensão similar a quase seis cidades de São Paulo. Ao todo, 71% dessa área era da agropecuária.

Contudo, indo na contramão desta tendencia de expansão dos incêndios que afetou a Amazônia, Cerrado e Pantanal, na Caatinga e nos Pampas tiveram um redução da área atingida – o que simbolizou um exceção do quadro nacional. Ane Alencar, que coordena o MapBiomas Fogo, avaliou o que foi chamado de “crise dos incêndios”, em 2024, teve como tônica o período de secas, ocasionado pela intensificação também das mudanças climáticas.

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.