Após quatro meses, TAEs da UFJF encerram greve na quinta-feira

Anúncio da retomada acontece no mesmo dia em que servidores do IF Sudeste voltam aos postos


Por Tribuna

09/07/2024 às 18h49- Atualizada 09/07/2024 às 18h59

TAEs da UFJF encerram greve na quinta-feira
(Foto: Divulgação Instagram)

A greve dos servidores Técnico-Administrativos em Educação (TAEs) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) chega ao fim na quinta-feira (11), após quatro meses. A decisão foi tomada na terça-feira (9), quando já havia chegado ao fim a greve dos TAEs do IF Sudeste MGAmbas as paralisações tiveram início em 11 de março, nos dois campi da UFJF (sede e Governador Valadares) e do IF (Juiz de Fora e Santos Dumont).

À época, a motivação do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação (Sintufejuf) declarada foi negociar a reestruturação da carreira dos servidores, com defasagem salarial. Também de acordo com o coordenador do sindicato, Flávio Sereno, em outubro do ano passado, foi enviada uma proposta dos TAEs para o Governo e, em fevereiro, um grupo de trabalho para estudar a sugestão foi criado, com o prazo de 30 dias para conclusão. Contudo, não houve retorno ou proposição de data para uma reunião. Nesse sentido, a greve era também pela falta de respostas.

Nesta terça, Sereno fez o balanço de que “tanto na negociação nacional, como na local, conseguiram chegar a um acordo para assinatura do termo em que parte das pautas são contempladas, parte ficam em negociação e parte não foram atendidas”. O entendimento do Comando Local de Greve foi de que o documento assinado com a reitoria da UFJF expressa o momento da negociação.

A maior parte das conquistas obtidas com a greve é na área de gestão de pessoas, mas também seguirão em negociação questões relativas ao Hospital Universitário, à infraestrutura do campus de Governador Valadares, pautas de inclusão e acessibilidade da Universidade e algumas negociações que vinham em andamento desde a greve anterior, como a implementação da política de enfrentamento ao assédio e outras violências.

O sindicato entende que conquistou boa parte das reivindicações de reestruturação de carreira e uma parte insuficiente com relação à recomposição salarial, mas que, ao menos, não haverá perdas inflacionárias, após mais de seis anos sem nenhum reajuste.

“É bem aquém do que a gente esperava, pretendia e entende que merece, mas é de se destacar que foi conquistado com a mobilização da greve, uma vez que, antes dela, a proposta apresentada pelo Governo tinha sido bem menor”, conclui Sereno. O reajuste oferecido acordado é de 9% em 2025 e 5% em 2026. A proposta inicial era de 4,5% em ambos os anos.

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