Musical ‘Na corda bamba de sombrinha’ chega pela primeira vez a JF
O espetáculo musical do grupo Ponto de Partida se baseia em pesquisas sobre as músicas e crônicas de Aldir Blanc
O musical “Na corda bamba de sombrinha” chega pela primeira vez a Juiz de Fora, com espetáculos marcados para sábado (25) e domingo (26). Com produção dos integrantes do Ponto de Partida, a apresentação foi desenvolvida a partir de pesquisas sobre letras de músicas e crônicas de Aldir Blanc, conhecido como compositor e escritor, até chegarem em uma dramaturgia própria. A intenção do grupo era introduzir o artista para novas gerações, fazendo com que as pessoas possam conhecê-lo a partir do espetáculo, que traz jornalistas tentando fechar uma edição de jornal como foco. O público pode conferir esse trabalho no Teatro Paschoal Carlos Magno, às 19h, com a venda de ingressos on-line.
“Na corda bamba de sombrinha” tem direção de Regina Bertola e direção musical de Pablo Bertola. O elenco é formado por Ciro Belluci, Lido Loschi, Renato Neves e Ronaldo Pereira. A trama do musical foca na história de quatro jornalistas, na década de 70, que precisam fechar uma edição de um jornal, e para isso devem escrever sobre os mais variados temas – como política, futebol e amor. Com esse ponto de partida, a produção busca retratar uma época, os comportamentos da população e o papel da imprensa. Para isso, usa da irreverência e do humor que as palavras de Aldir Blanc trazem.
O espetáculo começou a ser pensado ainda na pandemia, e já teve apresentações em Barbacena, em 2022. Na ocasião, em entrevista à Tribuna, foi revelado que, além de uma homenagem a Aldir Blanc, a peça também tem como missão mostrar a importância de um jornalismo que seja consciente, tenha cuidado ao usar as palavras e saiba da importância das escolhas que faz.
Toda a investigação necessária para chegar no formato que o espetáculo traz foi realizada ainda no auge da pandemia de Covid-19, logo após a morte do artista, em 2020. De acordo com a diretora, o espetáculo apresenta um musical bastante diferente do que o Ponto de Partida, um grupo que já tem 43 anos de história, costuma fazer em outras produções. Isso porque a peça é guiada justamente pelas palavras do artista Aldir Blanc, e só então passa a trazer passa a ser construída a partir do método utilizado pelo grupo, que traz ideias apresentadas pelo elenco e improvisações em cena.