Presidente do Aymorés avalia gestão compartilhada e projeta disputa do Módulo II
Time de Ubá não prioriza transformação em SAF e acredita em acesso à elite do futebol mineiro
O Aymorés, em 2020, voltou a disputar um campeonato profissional após 26 anos: a Segunda Divisão do Campeonato Mineiro. Logo em seu retorno, a equipe ubaense conquistou o título da competição estadual e subiu para o Módulo II, divisão em que o clube segue até hoje. A saída do futebol amador se deu a partir da gestão de Antônio Queiroz Jr., o Juninho. Reeleito no ano passado para mandato até 2025, o presidente conversou com a Tribuna sobre a gestão compartilhada do futebol, a possibilidade de o Aymorés se tornar uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF) e a expectativa para a disputa da divisão de acesso do estadual.
Diferentemente de outros clubes do Módulo II, a gestão do futebol do Aymorés se dá de forma compartilhada com a WP4 Consultoria Esportiva e a DR3 Sports, representadas pelos ex-zagueiros Wellington Paulo e Denis Ricardo, respectivamente, e, desde outubro de 2022, com o ex-jogador Mancini. No primeiro ano após a mudança, a equipe, que brigou contra o rebaixamento em 2021 e 2022, conseguiu se classificar ao hexagonal final da competição, mas não obteve o acesso ao Módulo I. Mesmo sem a promoção de divisão, Juninho avalia o ano de 2023 de forma positiva.
“Foi o primeiro ano em que a gente fez essa gestão compartilhada e a gente disputou o Módulo II. Tivemos a melhor colocação de todos os anos, classificando para a hexagonal final. Então, muito positiva a avaliação, relacionamento muito bom, e só trouxe ganho técnico para o Aymorés, dentro e fora do campo”, analisa o presidente do Aymorés.
Mudança para SAF
O modelo de Sociedade Anônima do Futebol vem sendo adotado por muitos clubes no Brasil. No Aymorés, a possibilidade de mudança para SAF não é descartada, porém, não é prioridade da atual diretoria, conforme explica Juninho. “A gente acredita que, hoje, o nosso foco está na venda do nosso terreno para a construção do novo estádio e centro de treinamento. Então, a partir disso, a gente vai ver se há necessidade ou não de aderir a SAF. No momento, nosso foco é nisso. Claro que se aparecer alguma proposta, nós vamos levar para o conselho deliberativo para estudar, mas ainda não temos nenhuma proposta na mesa”, afirma.
Juninho esclarece, ainda, que a gestão compartilhada praticada no Aymorés não é, obrigatoriamente, um primeiro passo para a a transformação do clube em uma SAF. “A gestão é compartilhada apenas no futebol, diferente dos modelos de SAF que são praticados em outros clubes. No momento, o nosso foco é na venda do nosso terreno e construção do nosso estádio e centro de treinamento”, explica o mandatário.
Próximo objetivo: Módulo I
Depois de o Aymorés conseguir a sua melhor campanha na história em 2023, com a classificação para o hexagonal final, Juninho espera que, neste ano, a equipe consiga o acesso ao Módulo I, mas ressalta que, apesar da qualidade do elenco ubaense, a promoção não será fácil.
“O elenco foi montado em um trabalho que a gente começou no ano passado com analista de mercado e analista de desempenho trabalhando para a gente desde setembro. Em janeiro, o diretor executivo chegou. E aí, com o mercado todo mapeado, a gente começou a fazer as contratações. Acreditamos que estamos com um elenco para brigar primeiro, pela classificação e, depois, pelo acesso. Mas é um campeonato muito difícil, com várias equipes tradicionais, que também montaram bons elencos. A briga não vai ser fácil”, projeta Juninho.
O Aymorés estreia no Módulo II no sábado (4), às 15h, contra o Nacional de Muriaé, no Estádio Afonso de Carvalho, em Ubá.
*Estagiário sob a supervisão do editor Gabriel Silva