O obreiro atento
‘Obreiro atento é aquele que compreende as suas obrigações à frente da vida eterna e que está ciente de que recolherá os frutos do que houver semeado, de acordo com a lei da liberdade.’
Quem é o obreiro atento no contexto da Boa Nova? O evangelista Tiago o descreve: “Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade e nisso persevera, não sendo ouvinte esquecido, mas fazedor da obra, esse tal será bem-aventurado em seus feitos.” E pela psicografia do médium Chico Xavier, Emmanuel esclarece que o obreiro atento comunga com Jesus, seguindo seus ensinamentos e realizando obras, como instrumento da divulgação do Evangelho e não como ouvinte esquecido.
Assim, o obreiro atento persevera nas possibilidades que a Divina Providência lhe concedeu, atencioso com as lições da Verdade e com o serviço que o espera. Sendo varredor ou estadista, reconhece os nobres deveres que lhe cabem no mundo, fazendo-se bem-aventurado em suas ações. Obreiro atento é ainda aquele que compreende as suas obrigações à frente da vida eterna e que está ciente de que recolherá os frutos do que houver semeado, de acordo com a lei da liberdade.
Nesse sentido, importa destacar o livre arbítrio, que é a liberdade de pensar e agir de cada um. “Sem livre arbítrio o homem seria uma máquina”, esclarecem os espíritos na questão 843 de “O Livro dos Espíritos”. A liberdade de agir está condicionada, portanto, à vontade de fazer ou não fazer, de seguir um ou outro caminho.
Na questão 780, destaca-se que o desenvolvimento do livre arbítrio segue o desenvolvimento da inteligência e aumenta a responsabilidade dos atos. Sendo assim, o homem é livre para realizar o que desejar, mas é igualmente responsável pelos frutos de suas próprias ações, aos quais estará ligado na sementeira e na colheita ou, por assim dizer, no uso do livre arbítrio e na escolha do destino.
Os bons trabalhadores, nas palavras de Cairbar Schutel, são aqueles que apresentam constância, desinteresse, boa vontade e esforço no trabalho que assumem. E de aprendizes do Mestre passam à categoria de obreiros do Senhor, por dedicarem sacrifício e amor às tarefas a serem realizadas.
Dessa forma, o esforço e a boa vontade devem ser cultivados por cada aprendiz do Evangelho que almejar ser um obreiro do Senhor. E a fim de crescermos em direção a Jesus, cumpre-nos o esforço de vencer-nos a nós mesmos, buscando viver os ensinamentos do Mestre cotidianamente. Pelos princípios da Justiça eterna, encontraremos as oportunidades abençoadas das reencarnações, lembrando a orientação da médium Isabel Salomão de Campos: “Não existe milagre, existe trabalho e progresso. Felicidade é consequência”.
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